Segundo ela, “existe na Bahia uma espécie de pacto onde o TJ está muito alinhado ao governador, o Ministério Público também tá alinhado ao governador e todos os poderes vivem tranquilamente dentro deste pacto silencioso que existe entre os poderes. Existem trocas de favores, existem algumas conivências”.
Eliana lembrou que o Judiciário é fiscal das políticas públicas e pode se insurgir contra o governo quando as políticas não são adequadas. “Há uma vinculação muito grande do governador à presidência [do TJ-BA], ao grupo dominante, porque existe sempre a ideia de que o tribunal deve estar bem com o governo. Mas a Constituição de 88 acabou com isso.”
A ministra pregou a independência entre os poderes ao criticar a troca de favores entre o governo do estado e o TJ-BA: “Existe o olhar mais apurado para as causas que os donos do poder têm interesse, e é exatamente isso que nós não gostaríamos que tivesse, que a Justiça fosse independente”.
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