quarta-feira, 9 de maio de 2012

Professores grevistas fazem panelaço no Campo Grande



De braços cruzados desde o último dia 11 de abril (29 dias) os professores da rede estadual de ensino realizam mais um ato de protesto na manhã desta quarta-feira (9), em Salvador. A categoria segue concentrada na Praça do Campo Grande e promete rumar em direção a Praça Municipal. Segundo Rui Oliveira, coordenador da APLB Sindicato, a greve continua por tempo indeterminado. “Sempre estivemos e estamos abertos a negociação com o governador Jaques Wagner. Não é nossa intenção prejudicar ainda mais o ano letivo, mas não podemos ceder nesse momento tão importante”, pontuou.
Em assembleia realizada na manhã de segunda-feira (7), os trabalhadores decidiram continuar com a greve iniciada em 11 de abril. E manter a ocupação na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), iniciada em 18 de abril.
 
A próxima assembleia, segundo a APLB, ficou marcada para amanhã (5), às 9 horas, na ALBA. Na sexta-feira (11) haverá audiência entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e o Ministério Ministério da Educação (MEC), em Brasília, para tratar sobre a greve na Bahia.
 
Rui Oliveira explica que a assembleia decidiu ainda a realização de reuniões das zonais. Também será feita uma reunião de representantes das centrais e do comando de greve. Desta reunião sairá um documento a ser entregue ao Ministério Público e ao arcebispo primaz do Brasil, Dom Murilo Kruger, solicitando a intervenção de ambos no convencimento ao governo estadual para que reabra as negociações.
 
Os professores querem reajuste de 22,22% no piso nacional. Eles alegam que o governo fez acordo com a categoria que garantia os valores do piso nacional, ocorrido em novembro do ano passado, e depois ignorou, mandando para a Assembleia um projeto de lei com valores menores. No dia 25 de abril, os deputados aprovaram o projeto enviado pelo executivo que garante o piso nacional a mais de cinco mil professores de nível médio.
 
A greve já foi considerada ilegal pela Justiça e o governo já cortou o ponto dos grevistas. O departamento jurídico do sindicato da categoria (APLB) deu entrada em uma ação com pedido de liminar à Justiça na tentativa de derrubar a ordem que impõe multa diária de R$ 50 mil até encerramento da greve.

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