Os professores da rede estadual de ensino decidiram por continuar a greve, que já dura 21 dias. Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (02), na Assembleia Legislativa, eles optaram por manter o movimento, reivindicando o reajuste automático dos salários de toda a categoria em 22,22%. Cerca de um milhão de alunos estão sem aulas. Segundo Marilene Betros, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-BA), ainda hoje os professores realizarão um Ato Público pelo 7º Dia da aprovação do Projeto de Lei que determina o aumento de 3% para a categoria em 2013 e 4% até 2014. Nesta quinta-feira (03), o Sindicato promoverá, a partir das 9h na Praça da Piedade, uma Feira de Hortifrutigranjeiros. “O objetivo é facilitar a compra desses produtos por parte dos professores, que tiveram seus salários cortados e o crédito da Cesta do Povo cortado”, explica Marilene Betros. A diretoria da APLB garante que a ocupação da Assembleia Legislativa será mantida e que, na próxima segunda-feira (07), a categoria realizará, às 9h, uma nova assembleia no local. “Até lá, continuaremos promovendo reuniões e mantendo a sociedade informada sobre o movimento”, garante Marilene Betros.
Desde o dia 13 de abril, a greve foi considerada ilegal pela Justiça e o governo anunciou que cortaria o ponto dos grevistas. A Secretaria de Administração do Estado (SAEB) divulgou nota informando que, “conforme noticiado pelo Governo e publicado no Portal do Servidor (www.portaldoservidor.ba.gov.br), o acesso ao contracheque dos professores do Estado da Bahia foi liberado na sexta-feira (27). A partir desta data, todos os professores puderam acessar as informações relativas aos seus proventos do mês de abril”. Ainda segundo a nota, “os cortes observados por parte dos docentes referem-se ao período de 12 a 26 de abril e são relativos aos dias de falta registrados nas escolas em que as Diretorias Regionais de Educação comprovaram paralisação total das atividades”.
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