O ataque, empregando bombas de 230 quilos, foi completado ao meio-dia. O impacto das explosões abriu crateras de três metros de profundidade e dez metros de largura, inutilizando a faixa de terra de 580 metros de extensão e 15 metros de largura. A missão faz parte da Operação Ágata 4, que envolve cerca de 9 mil militares das três Forças, mais 20 agências do governo e a Polícia Federal, ao longo de cinco mil quilômetros da fronteira norte, na Amazônia. A pista era usada para voos irregulares de garimpeiros ilegais. Agentes federais sustentam que o local servia também a traficantes e contrabandistas.
O bombardeio foi monitorado a 700 quilômetros de distância, em Manaus, na sede do Comando da Força Aérea criado para atuar na Ágata. Em tempo real, o Brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno e o time responsável pela ação acompanharam em telas digitais os dois caças do Esquadrão Escorpião durante a aproximação, a 1.200 metros de altitude, o mergulho final, até 600 metros, e o lançamento das bombas, a uma velocidade de 550 km/hora.
Segundo o Tenente Coronel Mauro Bellintani, comandante do esquadrão, a Aeronáutica havia realizado no dia 11 de abril o reconhecimento do local, com emprego de sensores infravermelhos. Em consequência da extração ilícita de ouro, foram constatados danos à vegetação próxima e a poluição do Rio Catrimani, comprometido pelo despejo do mercúrio, utilizado no processo de mineração.
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