De que vale criar leis que – mesmo fundadas em boa intenção ou bons objetivos – não são cumpridas? Nesse caso se enquadra a lei antifumo, que vigora em quase todas as cidades brasileiras, mas que não surtiu até agora o menor efeito e, assim, não pôde ser comemorada em Itabuna na última terça-feira, 31 de maio, no Dia Mundial sem Tabaco. Em Itabuna os dependentes fumam sem qualquer restrição em lugares públicos, como, pasmem, as próprias repartições públicas dos três poderes, e os incomodados que se retirem, é o que se poderia dizer diante desta situação. Não se pode dizer que tabagistas em nossa cidade sejam mais mal educados que em outros lugares. Fumantes se tornam prisioneiros do vício e são assim compelidos pela compulsiva tentação de mais uma tragada. Ocorre que em Itabuna eles não estão sendo interpelados e não se fazem denúncias contra a transgressão da lei, em lugares como as salas de recepção de prefeito, secretários, juízes, promotores e vereadores. Tudo indica ser esta mais uma lei, em meio a tantas outras em nosso País, até agora inócua e que provoca o questionamento: de que vale uma boa lei se ela não sai do papel? O problema do Brasil, como se vê, não é a falta de legislação, mas o não cumprimento dela.
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