terça-feira, 16 de setembro de 2014

Rede repudia homofobia e se solidariza com a família de João Antônio Donati

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A aversão pelas pessoas LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), mais conhecida como homofobia, matou mais um gay na quarta-feira, 10 de setembro de 2014. Trata-se do jovem João Antônio Donati, de 18 anos, que foi encontrado morto, com a boca cheia de papel e sacola plástica, e foi enterrado na quinta-feira (11/09), em Inhumas, a 48 km da cidade de Goiânia.
Seu corpo foi encontrado com sinais visíveis de tortura e espancamento. Alguns afirmam que um dos papéis encontrados na boca do cadáver tinha a frase “esta raça tem que acabar”.
A polícia está investigando e os movimentos sociais, incluindo aí a comunidade LGBT, está se mobilizando para realizar atos e protestos por todo o país pedindo a criminalização da homofobia, tornando esse ato semelhante ao crime de racismo. O debate no Congresso Nacional é intenso e as forças conservadoras vêm conseguindo impedir que qualquer projeto de lei neste sentido seja aprovado. Enquanto isso, os crimes continuam.
A Rede Sustentabilidade conta em sua fileira com diversos ativistas vinculados à causa LGBT e disso se orgulha. Apoiamos uma candidatura que apresentou propostas para a comunidade LGBT — enquanto os outros candidatos ofertaram poucas palavras — e defende com radicalidade o Estado laico e os direitos individuais como invioláveis, dentre eles, a liberdade de viver em paz e segurança sua orientação sexual.
Lamentamos profundamente mais esse episódio que testemunha o ódio que ainda permeia setores da sociedade brasileira que não respeitam o Estado de Direito Democrático e a multiplicidade humana. De acordo com o site “Homofobia Mata” (http://homofobiamata.wordpress.com), de janeiro deste ano até hoje já foram 207 assassinatos desta natureza no Brasil.
Nós, da Rede Sustentabilidade, estamos chocados com esses números e solidários com a dor dos familiares, amigxs e de todas as pessoas de bem. Comprometemo-nos em redobrar nossos esforços no sentido de construirmos um país sem homofobia, pressionar o Congresso Nacional e mobilizar a sociedade brasileira para que aprove medidas duras contra essa barbárie que ofende a democracia, a liberdade e a dignidade da pessoa humana.

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