A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição em outubro desde ano, teria afirmado que somente o voto nela poderia garantir a continuação do mais famoso programa de combate à pobreza do país, o Bolsa Familia. As informações foram veiculadas pelo jornal britânico The Economist em matéria desta sexta-feira (19). Segundo o jornal, dos cerca de 140 milhões eleitores do Brasil , até 30 milhões seriam beneficiários do programa, direta ou indiretamente. Isso representaria um enorme risco para seus adversários, em especial para Marina Silva.
De acordo com o jornal londrino, a principal concorrente de Dilma na corrida presidencial, Marina Silva (PSB), transmitiu pela televisão sua resposta no dia 16 de setembro. Marina teria dito que não vai lutar com Dilma usando as armas da rival, mas que no lugar disso faria uso da verdade, do respeito e suas próprias políticas. Marina afirma que irá manter o programa Bolsa Família justamente por ter vindo de uma origem humilde e saber o que é passar fome, segundo o jornal.
O jornal lembra que Marina Silva nasceu em uma zona rural pobre do Acre e que seus pais eram seringueiros e que, ao contrário da de praticamente todos os políticos brasileiros ativos, a candidata saberia o que é passar fome. Esse apelo seria uma das principais forças da candidata que foi lançada na corrida presidencial após a morte do candidato oficial do PSB e seu companheiro de chapa Eduardo Campos, em um acidente de avião no dia 13 de agosto.
Em seu discurso, Marina lembra que durante a infância, tudo que sua mãe costumava ter para alimentar oito crianças era um ovo, cebola picada e um punhado de farinha e sal. Marina diz lembrar de situações adversas de sua infância. “Lembro-me de olhar para meus pais e perguntar: vocês não vão comer? E minha mãe responder que eles não estavam com fome. Quando criança, eu acreditava nisso. Mas depois eu entendi que, por mais um dia, eles não tinham nada para comer. Alguém que tenha passado por isso nunca vai acabar com o Bolsa Família. Este não é um discurso. É uma vida.”, teria afirmado.
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