O ex-prefeito Ademir Moreira, de Jaguaquara, falou sobre a tentativa de extorsão de que foi vítima em Salvador, cujo autor, Maurício dos Santos, o Budel, 30 anos, foi preso na capital na última quarta-feira (24), depois de investigado pelo Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meio Eletrônico (GME).
Em conversa com o Blog Marcos Frahm, Ademir desabafou e contou detalhes do caso. ”Infelizmente foram três dias de tortura psicológica, mas, graças a Deus tenho boas amizades, procurei a Polícia Federal e a Polícia Militar que conseguiram rastrear o autor da tentativa de extorsão colocando-o na cadeia”, afirmou.
O ex-prefeito diz que foram dias de muita tensão para ele e seus familiares. ”Eu disse ao meliante que ele iria sobrar porque ele estava mexendo com a pessoa errada, inclusive ele estava usando nomes de alguns políticos aqui de Jaguaquara, aliados e adversários, que segundo ele queriam a minha alma, mas eu não dei importância, porque se tratavam de insinuações feitas por um meliante”, disse.
O caso
"Budel" foi preso, na quarta-feira (24), por policiais do Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meios Eletrônicos (GME), que investigavam denúncia de extorsão feita a Aldemir Moreira, ex-prefeito da cidade Jaguaquara, distante 312 quilômetros de Salvador. "Budel" foi localizado na Fazenda Grande I, onde foi flagrado com dez trouxas de maconha. Uma equipe da Delegacia de Repressão ao Estelionato e Outras Fraudes (Dreof) prestou apoio à ação.
As investigações foram iniciadas em 18 de setembro, quando Aldemir Moreira registrou queixa no GME, informando que, dois dias antes, o criminoso, até então não identificado, ligou para o seu celular ameaçando matar seus familiares, caso a quantia de R$ 20 mil não fosse depositada numa conta bancária fornecida por ele. As ameaças incluíam mensagens de texto encaminhadas ao celular da vítima."Budel" chegou a diminuir o valor exigido para R$ 3 mil, mas não foi atendido.
O celular do ex-prefeito foi periciado e, por meio de uma foto existente numa conta do WhatsApp, o GME obteve uma pista sobre quem seria o criminoso. Ao investigar a conta bancária, descobriu-se que pertencia a um amigo do traficante. Ouvido pela polícia, o titular da conta informou que forneceu seus dados bancários para Maurício, que alegou precisar receber um dinheiro que lhe era devido.
O amigo também informou aos policiais que Maurício poderia ser encontrado na Fazenda Grande I. Depois de preso, "Budel" confessou que encontrou o nome e o número do telefone do ex-prefeito na agenda de um celular usado, comprado de um desconhecido. Ele disse ainda que teve a ideia de praticar a extorsão depois de pesquisar na Internet sobre quem era Aldemir Moreira.
Autuado em flagrante por tráfico de drogas, Maurício será ouvido, nos próximos dias, pelo titular do GME, delegado Charles Leão. A polícia vai investigar se ele também extorquiu outras pessoas cujos nomes constam na agenda do celular que foi apreendido. "Budel" já foi encaminhado ao Núcleo de Prisão em Flagrante (NPF), na Mata Escura.
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