Foto: Max Haack / Ag Haack / Bahia Notícias
O prefeito ACM Neto (DEM) reagiu às críticas do governo estadual e afirmou que a administração é “autoritária” e “quer fazer política com o metrô, sem qualquer consideração para com a população”. O secretário estadual do Desenvolvimento Urbano (Sedur), Manoel Ribeiro, havia declarado que a operação comercial do sistema será postergada porque a gestão municipal não cumpriu com o acordo de implantar linhas de ônibus nas estações para a integração. Segundo Neto, a implantação das linhas iria acarretar no aumento do custo da tarifa dos ônibus e a prefeitura não quer permitir o reajuste. “O governador Jaques Wagner quer fazer uma intervenção na prefeitura para prejudicar a população de Salvador, principalmente os mais pobres que não podem pagar uma tarifa de ônibus de cerca de R$ 4”, acusou. O gestor ainda cita que o episódio de criação da entidade metropolitana, para regulação do serviço de água e transportes, que seria “uma clara tentativa de tirar a autonomia do município”. “Nós estamos contestando no Supremo. Agora, quer beneficiar os empresários do metrô passando por cima da autoridade constitucional da prefeitura. Vamos resistir e defender os interesses do povo”, disse. O prefeito afirmou que o Município tem se esforçado para possibilitar a operação plena do metrô, ao contrário do Estado, que não teria se empenhado para solucionar “pendências técnicas e de segurança estabelecidas pela legislação”. Neto declara que, para a operação experimental do sistema, iniciada na Copa do Mundo, a prefeitura teve que abrir mão, temporariamente, de questões ainda não foram sanadas pela operadora do sistema, a concessionária CCR. Ele não especifica, no entanto, quais as supostas pendências a serem resolvidas pelo governo estadual e pela empresa.
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