A polícia ainda não conseguiu prender os três homens que invadiram o Assentamento Ipiranga e mataram o agricultor Juraci Santana, de 44 anos, na madrugada da última terça (11). Juraci foi executado na frente da esposa, Elisângela Oliveira, e da filha de 17 anos, Tailane de Oliveira. Ele resistia à ordem de tupinambás para que se cadastrasse como índio.
O crime está sendo investigado pela polícia civil e tem colaboração da Polícia Militar, segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública. No inquérito, foram colhidos depoimentos que envolvem, pelo menos, três supostos índios, dois deles identificados pelos prenomes Cleilton e Pascoal. Ambos são caciques tupinambás e foram denunciados por Juraci por terem feito ameaças após o produtor se negar a a declarar-se tupinambá.
Juraci denunciou as ameaças a autoridades federais. Além do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o agricultor também fez a denúncia ao vice-presidente da República, Michel Temer, em uma audiência no início de setembro do ano passado, em Brasília.
Temer estava na presidência da República no período da audiência devido a uma viagem internacional da presidente Dilma Rousseff. A foto acima é da audiência da qual participaram o então vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, Geddel Vieira Lima, políticos e lideranças rurais da área do conflito.
EXÉRCITO ASSUME SEGURANÇA HOJE
O Exército deve assumir ainda hoje a segurança pública na região em conflito. A presidente Dilma Rousseff assinaria o decreto autorizativo ainda nesta manhã de sexta (14), após o governador Jaques Wagner recorrer ao instrumento de Garantia da Lei e Ordem (GLO) e apresentar pedido formal.
Cerca de seiscentos homens do Exército estão em Ilhéus, para onde também foram deslocados mais de 90 veículos, dentre eles alguns para socorro a vítimas. Desde a quarta-feira (12) que helicópteros do Exército fazem voo de reconhecimento na área de 47,3 mil hectares.
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