Aos produtores de cacau, extensionistas, pesquisadores, produtores de mudas, Fiscais Agropecuários e o público em geral.
A cochonilha rosada (Maconellicoccus hirsutus, Green) é um inseto que se alimenta de mais de 200 espécies de plantas, incluindo o cacaueiro, além de algodão, café, citros, batata-doce, figo, vários legumes, hibisco, pepino, mamão, uva e palmeiras ornamentais. Essa diversidade de plantas hospedeiras coloca a cochonilha rosada no rol de pragas potencialmente importantes que justificam medidas de contenção e controle.
Nativa da China, a sua ocorrência esteve restrita a Ásia, África, Oceania, Austrália e Europa até 1993, mas, em 1994, alcançou as ilhas do Caribe, passando à América do Sul em 1997 através da Guiana Inglesa, e posteriormente foi registrada na Colômbia, Guiana Francesa e Venezuela. No Brasil, foi constatada pela primeira vez em 2010, no Estado de Roraima, atacando mudas de hibisco e, em maio de 2012, foi encontrada em Cachoeiro do Itapemirim, Espírito Santo, em cultivo de quiabo.
Em 2013, no município de Linhares, Espírito Santo, foi registrada a ocorrência da cochonilha rosada em cacaueiros, e, subsequentemente, a CEPLAC registrou, pela primeira vez, o ataque desse inseto em cacaueiros na Bahia, no município de Mucuri, sendo posteriormente, detectada a sua presença em Itamaraju no Extremo Sul e Recôncavo Baiano.
A sua dispersão tem sido muito rápida e ocorre através do vento, gotas d’água, formigas e roupas. A principal via de dispersão é o transporte de mudas, propágulos e frutos, especialmente de plantas ornamentais e de outras plantas hospedeiras, razão pela qual vem sendo acompanhada pela CEPLAC, SFA-ES/MAPA, SFA-BA/MAPA, Comitê Gestor do Programa Cacau Sustentável do Espírito Santo, técnicos do INCAPER, IDAF, Universidade de São Carlos e de outras instituições.
Só as formas jovens (ninfas) e fêmeas adultas atacam as plantas, especialmente as partes em desenvolvimento (gema apical, fruto jovem, inflorescência e almofada floral), Durante a alimentação, ao sugar a seiva das plantas, os insetos injetam uma toxina que atrofia o crescimento das folhas, das inflorescências e dos frutos jovens.
As ninfas ao colonizarem a gema vegetativa do cacaueiro, induzem o meristema apical a curvar-se lateralmente. A perda da dominância apical faz emergir excessivos brotos laterais. Na folha, a toxina provoca enrugamento do limbo foliar. As novas brotações do ramo favorecem a colonização e a reprodução da praga. A continuidade do ataque induz à formação de super brotamento de ramos, comprometendo as reservas nutricionais. Essas alterações nos tecidos podem levar o ramo à morte. Plantas com estes sintomas reduzem o crescimento em altura e o desenvolvimento vegetativo. Com a queda das folhas maduras, há diminuição da área foliar, reduzindo a atividade fotossintética da planta com consequências à sua produtividade.
Quando a cochonilha rosada ataca frutos de até doze centímetros de comprimento, a toxina liberada provoca hipotrofia do tecido, necrose do tegumento e consequente perda total do fruto. Em frutos maiores e em crescimento, a toxina gera deformações e depressões, reduzindo o seu tamanho. A colonização e persistência do ataque da cochonilha rosada no cacaueiro intensificam a redução da área foliar, perda das frutificações e redução da produtividade.
Como, até então não havia registro do ataque da praga em cacaueiros e só recentemente foi detectada nos cacauais da Bahia e Espírito Santo, há necessidade de ampliar o conhecimento existente, afim de amparar um programa de controle integrado.
E em curto prazo, é necessário fazer uso de inseticidas químicos para conter o avanço da praga, mas atualmente, só a deltametrina tem o registro e a extensão de uso para o cacaueiro. Do ponto de vista técnico, não é desejável a utilização contínua de um único inseticida porque corre-se o risco da praga desenvolver resistência ao mesmo, por isso se recomenda a alternância e o uso de mais de um inseticida. O Alerta Fitossanitário elaborado pela CEPLAC e difundido para a extensão rural propõe a regulamentação da extensão de uso de diferentes inseticidas para o controle de M. hirsutus em cacaueiro, em conformidade com as dosagens, épocas e métodos de aplicação.
Os inseticidas tiametoxam 250SC, imidacloprido 700 WG, imidacloprido 200SC, tiametoxam 10 Gr, tiametoxam 250 WG, acetamiprido 200 OS e tiacloprido 480 SC, já registrados no Ministério da Agricultura-MAPA para uso em lavouras de café, citros, cereais e cultivos hortícolas, podem ser usados na lavoura de cacau. À vista da importância dessa praga para a área agrícola, da sua facilidade de dispersão, do largo espectro de hospedeiros e dos danos potenciais a diferentes cultivos, a CEPLAC logo encaminhou aos órgãos federais de defesa sanitária vegetal, pedido para que esses inseticidas tenham suas extensões de uso regulamentadas para o cultivo do cacaueiro.
No médio prazo, é imperativo desenvolver programas de manejo integrado, incluindo o controle biológico e, nesse sentido, há no Brasil importantes iniciativas de pesquisas com inimigos naturais da cochonilha rosada em outros cultivos, incluindo a introdução de predadores.
A cochonilha rosada (Maconellicoccus hirsutus, Green) é um inseto que se alimenta de mais de 200 espécies de plantas, incluindo o cacaueiro, além de algodão, café, citros, batata-doce, figo, vários legumes, hibisco, pepino, mamão, uva e palmeiras ornamentais. Essa diversidade de plantas hospedeiras coloca a cochonilha rosada no rol de pragas potencialmente importantes que justificam medidas de contenção e controle.
Nativa da China, a sua ocorrência esteve restrita a Ásia, África, Oceania, Austrália e Europa até 1993, mas, em 1994, alcançou as ilhas do Caribe, passando à América do Sul em 1997 através da Guiana Inglesa, e posteriormente foi registrada na Colômbia, Guiana Francesa e Venezuela. No Brasil, foi constatada pela primeira vez em 2010, no Estado de Roraima, atacando mudas de hibisco e, em maio de 2012, foi encontrada em Cachoeiro do Itapemirim, Espírito Santo, em cultivo de quiabo.
Em 2013, no município de Linhares, Espírito Santo, foi registrada a ocorrência da cochonilha rosada em cacaueiros, e, subsequentemente, a CEPLAC registrou, pela primeira vez, o ataque desse inseto em cacaueiros na Bahia, no município de Mucuri, sendo posteriormente, detectada a sua presença em Itamaraju no Extremo Sul e Recôncavo Baiano.
A sua dispersão tem sido muito rápida e ocorre através do vento, gotas d’água, formigas e roupas. A principal via de dispersão é o transporte de mudas, propágulos e frutos, especialmente de plantas ornamentais e de outras plantas hospedeiras, razão pela qual vem sendo acompanhada pela CEPLAC, SFA-ES/MAPA, SFA-BA/MAPA, Comitê Gestor do Programa Cacau Sustentável do Espírito Santo, técnicos do INCAPER, IDAF, Universidade de São Carlos e de outras instituições.
Só as formas jovens (ninfas) e fêmeas adultas atacam as plantas, especialmente as partes em desenvolvimento (gema apical, fruto jovem, inflorescência e almofada floral), Durante a alimentação, ao sugar a seiva das plantas, os insetos injetam uma toxina que atrofia o crescimento das folhas, das inflorescências e dos frutos jovens.
As ninfas ao colonizarem a gema vegetativa do cacaueiro, induzem o meristema apical a curvar-se lateralmente. A perda da dominância apical faz emergir excessivos brotos laterais. Na folha, a toxina provoca enrugamento do limbo foliar. As novas brotações do ramo favorecem a colonização e a reprodução da praga. A continuidade do ataque induz à formação de super brotamento de ramos, comprometendo as reservas nutricionais. Essas alterações nos tecidos podem levar o ramo à morte. Plantas com estes sintomas reduzem o crescimento em altura e o desenvolvimento vegetativo. Com a queda das folhas maduras, há diminuição da área foliar, reduzindo a atividade fotossintética da planta com consequências à sua produtividade.
Quando a cochonilha rosada ataca frutos de até doze centímetros de comprimento, a toxina liberada provoca hipotrofia do tecido, necrose do tegumento e consequente perda total do fruto. Em frutos maiores e em crescimento, a toxina gera deformações e depressões, reduzindo o seu tamanho. A colonização e persistência do ataque da cochonilha rosada no cacaueiro intensificam a redução da área foliar, perda das frutificações e redução da produtividade.
Como, até então não havia registro do ataque da praga em cacaueiros e só recentemente foi detectada nos cacauais da Bahia e Espírito Santo, há necessidade de ampliar o conhecimento existente, afim de amparar um programa de controle integrado.
E em curto prazo, é necessário fazer uso de inseticidas químicos para conter o avanço da praga, mas atualmente, só a deltametrina tem o registro e a extensão de uso para o cacaueiro. Do ponto de vista técnico, não é desejável a utilização contínua de um único inseticida porque corre-se o risco da praga desenvolver resistência ao mesmo, por isso se recomenda a alternância e o uso de mais de um inseticida. O Alerta Fitossanitário elaborado pela CEPLAC e difundido para a extensão rural propõe a regulamentação da extensão de uso de diferentes inseticidas para o controle de M. hirsutus em cacaueiro, em conformidade com as dosagens, épocas e métodos de aplicação.
Os inseticidas tiametoxam 250SC, imidacloprido 700 WG, imidacloprido 200SC, tiametoxam 10 Gr, tiametoxam 250 WG, acetamiprido 200 OS e tiacloprido 480 SC, já registrados no Ministério da Agricultura-MAPA para uso em lavouras de café, citros, cereais e cultivos hortícolas, podem ser usados na lavoura de cacau. À vista da importância dessa praga para a área agrícola, da sua facilidade de dispersão, do largo espectro de hospedeiros e dos danos potenciais a diferentes cultivos, a CEPLAC logo encaminhou aos órgãos federais de defesa sanitária vegetal, pedido para que esses inseticidas tenham suas extensões de uso regulamentadas para o cultivo do cacaueiro.
No médio prazo, é imperativo desenvolver programas de manejo integrado, incluindo o controle biológico e, nesse sentido, há no Brasil importantes iniciativas de pesquisas com inimigos naturais da cochonilha rosada em outros cultivos, incluindo a introdução de predadores.
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