sábado, 1 de dezembro de 2012

Revista traz novas revelações sobre as ligações entre Lula e Rosemary

Revista traz novas revelações sobre as ligações entre Lula e Rosemary

A Revista Época desta semana, que entrou em circulação neste sábado (1º), traz um dossiê completo sobre a relação da secretária Rosemary Nóvoa de Noronha e o ex-presidente Lula. A publicação tenta elucidar como foi possível uma simples secretária do PT conseguir acumular tanto prestígio. Rose, como també é conhecida, se apresentava como namorada de Lula.
  
A matéria de capa da publicação revela que os autos do processo, de que ÉPOCA obteve uma cópia integral, e entrevistas com os principais envolvidos revelam que:
 
1) Lula, ainda presidente da República, prestou - mesmo que não soubesse disso - três favores à quadrilha. Por influência de Rose, indicou os irmãos Paulo Vieira e Rubens Vieira para a direção, respectivamente, da ANA e da Anac. Lula, chamado em e-mails de "chefão" ou "PR" por Rose, também deu um emprego no governo para a filha dela, Mirelle;
 
2) A quadrilha espalhou-se pelo coração do poder - e passou a fazer negócios. Os irmãos Vieira, aliados a altos advogados do PT que ocupavam cargos no governo, passaram a vender facilidades a empresários que dependiam de canetadas de Brasília;
 
3) Rose, gabando-se de sua relação com Lula, tinha influência no Banco do Brasil. Trabalhou pela escolha do atual presidente do BB, Aldemir Bendine, indicou diretores (um deles a pedido de Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do PT condenado no caso do mensalão), intermediou encontros de empresários com dirigentes do BB e obteve um contrato para a empresa de construção de seu marido;
 
4) Despesas do procurador federal Mauro Hauschild, do PT, ex-chefe de gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli e, depois, presidente do INSS, foram pagas pela quadrilha. É uma situação similar à do recém-demitido número dois da Advocacia-Geral da União (AGU), José Weber Holanda - que, segundo a PF, recebeu propina;
 
5) A PF, mesmo diante das evidências de que Rose era uma das líderes da quadrilha, optou por não investigá-la. Não pediu o monitoramento das comunicações de Rose e não quis detonar a Operação Porto Seguro no começo de setembro, quando a Justiça autorizara as batidas e prisões. Esperou até o fim das eleições municipais.

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