terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Rebeldes sírios tomam o controle de campo de refugiados palestinos


Rebelde sírio usa armas pesadas para enfrentar as forças do presidente Bashar al-Assad (Foto: Narciso Contreras/AP)
Os insurgentes sírios tomaram nesta terça-feira (18) o controle do campo de refugiados palestinos de Al Yarmouk, no sul de Damasco, capital da Síria, após confrontos com as forças leais ao regime de Bashar al-Assad. O porta-voz do Exército Livre Sírio (ELS), Fahd Al-Masri, disse que os insurgentes tomaram o controle na noite de segunda (17), "após intensos enfrentamentos com as forças de Assad, que os bombardearam com artilharia pesada, mísseis e aviões".
Nos últimos dias, o campo foi alvo dos ataques do regime e, ontem, o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Araby, manifestou sua preocupação pela morte de refugiados palestinos em Al Yarmouk.
A agência de notícias oficial Sana disse que o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem, conversou com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, por telefone sobre a situação do campo de refugiados. Muallem disse a Ban Ki-moon que terroristas armados frente radical Al Nusra, que combate o regime,entraram no campo, onde convivem palestinos e sírios, nos últimos quatro dias.Cerca de 500 mil refugiados palestinos moram na Síria, dos quais mais de 150 mil residem em Al Yarmouk, segundo a ONU. Mais da metade dos habitantes do campo de refugiados abandonou suas casas por conta dos bombardeios, segundo a agência de notícias palestina Ma'an.
Disse ainda que os terroristas bombardearam com artilharia alguns bairros vizinhos, além de uma mesquita e um hospital, e que os choques foram entre unidades dos comitês populares palestinos e os atacantes, que estão equipados com armas e financiados por países vizinhos.
Muallem afirmou que a Síria proporcionou durante décadas um apoio aos palestinos que nenhum outro país lhes deu e pediu a eles que não apoiem os grupos armados. Além disso, disse que o regime de Damasco advertiu em várias ocasiões quanto ao perigo de envolver os palestinos na crise síria e desviá-los de seus direitos.

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