domingo, 2 de dezembro de 2012

Jornal descobre que D. Marisa não participou de nenhuma viagem em que Rose acompanhou Lula ao exterior


imageEx-presidente Lula e Rose: viagens juntos ao exterior
Matéria investigativa da Folha de S. Paulo mostra que a influência exercida pela ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, no governo federal, decorre da longa relação de intimidade que ela mantém com o ex-presidente Lula.
Tudo está revelado em e-mails interceptados pela operação Porto Seguro. Detalhe importantíssimo e altamente revelador: segundo levantamento da Folha tendo como base o “Diário Oficial”, a então primeira-dama, d. Marisa Letícia, não participou de nenhuma das 24 viagens oficiais do ex-presidente das quais Rosemary participou.
“Oficiais da Aeronáutica se preocupavam com o fato de que ela por vezes viajava no avião presidencial sem estar na lista oficial. Em muitas vezes, Rose seguia em voos da equipe que desembarca antes do presidente da República para preparar sua chegada”, diz a reportagem do jornal paulista, acrescentando que integrantes do corpo diplomático ouvidos pela reportagem, na condição de anonimato, afirmam que a presença dela sempre causou mal-estar dentro do Itamaraty. Na opinião deles, a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo não era necessária.

VELHOS AMIGOS…
A minuciosa reportagem da Folha mostra que Rose e Lula se conheceram em 1993. Egressa do sindicato dos bancários, ela se aproximou do petista como uma simples fã. O relacionamento dos dois começou ali, a um ano da corrida presidencial de 1994.

À época, ela foi incorporada à equipe da campanha ao lado de Clara Ant, hoje auxiliar pessoal do ex-presidente. Ficaria ali até se tornar secretária de José Dirceu, no próprio partido.

“Marisa Letícia, a mulher do ex-presidente, jamais escondeu que não gostava da assessora do marido”, afirma a Folha, contando que Rose acompanhou o ex-presidente em algumas internações durante o período em que este se recuperava do tratamento de um câncer no Sírio-Libanês, em São Paulo. Mas só pisava no hospital quando Marisa Letícia não estava por perto.

“ASSESSORA ESPECIAL”
Em 2003, quando Lula se tornou presidente, Rose foi lotada no braço do Palácio do Planalto em São Paulo, como “assessora especial” do escritório regional da Presidência na capital.

Em 2006, por decisão do próprio Lula, foi promovida a chefe do gabinete e passou a ocupar a sala que, na semana retrasada, foi alvo de operação de busca e apreensão da Polícia Federal. Nesse papel de direção, Rose contava com três assessores e motorista.

Sua tarefa era oficialmente “prestar, no âmbito de sua atuação, apoio administrativo e operacional ao presidente da República, ministros de Estado, secretários Especiais e membros do gabinete pessoal do presidente da República na cidade de São Paulo”.

Durante 19 anos, o relacionamento de Lula e Rose se manteve oculto do público. Ministros e amigos do ex-presidente não negam a proximidade de ambos. Foi de Lula a decisão de manter Rosemary em São Paulo, conforme relatos de pessoas próximas.

Procurado pela Folha, o porta-voz do Instituto Lula, José Chrispiniano, afirmou que o ex-presidente Lula não faria comentários sobre assuntos particulares.

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