quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Chega a 63 número de PMs presos suspeitos de envolvimento com tráfico


PMs presos em operação são transferidos do BEP para o Complexo de Gericinó 


A Secretaria de estado de Segurança informou que 63 PMs suspeitos de receber propina de criminosos, para não reprimir o tráfico de drogas, foram presos na "Operação Purificação", até as 17h, desta terça-feira (4). Os PMs eram do 15º BPM (Duque de Caxias). Após a prisão, o comandante do batalhão, tenente-coronel Claudio Lucas Lima, foi substituído por Maurício Faria da Silva.
A Justiça expediu 65 mandados de prisão, dos quais 61 foram cumpridos. Outros dois policiais foram presos em flagrante, portando arma com numeração raspada e outro com munição de fuzil. A polícia ainda procura por quatro PMs foragidos.
Por determinação da Justiça, os presos serão encaminhados para o presídio de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. já que a Unidade Prisional da PM, o BEP, está interditada após a divulgação das fotos das celas luxuosas.
A investigação começou pela Polícia Federal em abril deste ano após ser detectado um esquema de corrupação entre policiais e traficantes.
Expulsos da corporação
De acordo com o Comandante Geral da PM, Erir Ribeiro da Costa Filho, todos os PMs serão expulsos da corporação. O comandante do 15º BPM (Duque de Caxias), tenente-coronel Claudio Lucas Lima, foi substituído por Maurício Faria da Silva.
"Esta é a segunda operação e a ordem com certeza é que virão mais ainda. O PM tem que ter a certeza que acabou a corrupção. Nós não vamos mais aceitar sermos humilhados por desvio de conduta praticados por alguns policiais. Temos um prazo de 15 dias e no máximo 30 para que eles deixem de ser policiais militares. O comandante do batalhão de Duque de Caxias já foi substituído pelo coronel Maurício ", disse o comandante.
'Arrego' de R$ 2,5 mil
Cada carro da PM recebia R$ 2.500 de arrego, por turno trabalhado, de pelo menos 13 comunidades da Baixada Fluminense.
Segundo o Ministério Público do Rio, o principal alvo dos policiais era a favela Vai Quem Quer, mas eles agiam também nas comunidades Beira-Mar; Santuário; Santa Clara; Centenário; Parada Angélica; Jardim Gramacho; Jardim Primavera; Corte Oito; Vila Real; Vila Operário; Parque das Missões e Complexo da Mangueirinha.
De acordo com investigações da SSINTE, PF e CI/PMERJ, os policiais militares não tinham um comando único e dividiam-se em 11 células autônomas. O MP denunciou os acusados pelos crimes de formação de quadrilha armada, tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa, corrupção passiva e extorsão mediante seqüestro.

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