Elize Matsunaga está presa desde o dia 4 de junho
A Justiça de São Paulo negou a liminar do pedido de habeas corpus feito pela defesa de Elize Matsunaga, 30, ré confessa no processo sobre a morte de seu marido, Marcos Matsunaga, 42.
A decisão de manter Elize presa foi do desembargador Francisco Menin, da 7ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça. O mérito do pedido, porém, ainda deverá ser julgado.
Elize está presa desde o dia 4 de junho. Ela contou à polícia que o crime ocorreu entre os dias 19 e 20 de maio após uma discussão depois de ela ter descoberto que estava sendo traída. Ela afirmou em depoimento que o marido bateu nela e a chamou de puta na ocasião.
Para a promotoria, no entanto, o assassinato foi premeditado e teria sido praticado para que ela recebesse o seguro de vida do marido, de R$ 600 mil. A denúncia aponta que Elize tentou convencer os sogros de que Marcos tinha saído de casa porque tinha outra mulher.
Elize está presa no Complexo Penitenciário de Tremembé (138 km de SP). Ela é acusada de homicídio doloso triplamente qualificado (que serve para aumentar a pena): motivo torpe (vingança), recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel. Elize também será processada por ocultação de cadáver.
A defesa de Elize já havia entrado com pedido de liberdade no último dia 11, mas o pedido também foi negado.
CARTA
Em uma carta divulgada por seus advogados de defesa, Elize afirmou estar arrependida de ter matado e esquartejado o marido e que era constantemente ameaçada de morte por ele. A carta de Elize foi revelada na noite de ontem pelo "Fantástico", da TV Globo.
Nas palavras de Elize, sua vida foi um conto de fadas com final às avessas.
"Falam que o conto de fadas acabou. Pergunto: Qual conto de fadas? Não me lembro de ter lido em 'Cinderela' que o príncipe a humilhava. Não me lembro de ter lido que o príncipe tirou a princesa do lixo e que ela deveria, por conta disso, ser submissa às suas vontades pervertidas e humilhantes porque se tornara sua esposa", escreveu ela.
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