A dona de casa Valdete Batista da Gama, a “Dona Dete”, 67 anos, natural de Cícero Dantas, na região semi-árida da Bahia e moradora de Itamaraju há 27 anos, que reside no Caminho 9, Casa 18, no Conjunto Habitacional Urbis-II, na zona leste da cidade, pode ser chamada de uma mulher guerreira e heroína. O dia a dia desta incansável lutadora é exemplo e inspiração para uma reflexão sobre a valorização da vida. Ela cria e cuida sozinha dos seus 4 filhos acamados, atingidos por uma hereditariedade ou um fator de variabilidade genética até então desconhecido pelos médicos e, ainda vive a expectativa de ter seu 5º filho também atingido pela doença que já começou manifestar-se.
“Dona Dete” conta que teve 25 filhos e 10 deles morreram quanto fetos ou ainda crianças, atingidos possivelmente pelo problema. Quinze estão vivos e muitos deles morando em outras cidades dos estados da Bahia e Espírito Santo. No entanto, há 34 anos, o seu filho mais velho, José Erivaldo dos Santos, hoje com 49 anos, passou a perder as forças para locomover-se e há mais de três décadas está em cima de uma cama. O segundo da família a ser atingido foi a filha mais velha, Maria José dos Santos, hoje com 46 anos, acamada há 20 anos.
“Dona Dete” conta que o seu filho mais jovem, Roberto Gama dos Santos, 26 anos, também começou a ser atingido e já perdeu a habilidade do corpo em 50% e ela teme que o seu estágio seja igual aos dos outros quatro irmãos, mas o rapaz é forte e não quer aceitar o problema. “Dona Dete” conta que já levou os filhos com ajuda de amigos para todo tipo de especialista, mas até hoje os médicos não sabem o que esta acontecendo e apenas dizem que o problema é genético por causa do sangue dela com o do marido que não são compatíveis.
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quinta-feira, 19 de abril de 2012
Aposentada de 67 anos lida sozinha com filhos acamados que foram atingidos por uma doença genética em Itamaraju
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