De forma colaborativa, internautas, jornalistas e blogueiros de todo o País começam a garimpar o que há de relevante nos milhares de diálogos trazidos a público pelo 247.
Um dos trechos mais impactantes foi descoberto pelo jornalista Luiz Carlos Azenha, do site Viomundo. Nele, Carlos Cachoeira e Demóstenes confirmam que o filme do hotel Naoum, em que José Dirceu é filmado na companhia de nomes como Fernando Pimentel e José Sergio Gabrielli, foi produzido pelo araponga Jairo Martins, do bando de Cachoeira, e entregue ao jornalista Policarpo Júnior, de Veja. O objetivo de Cachoeira era “por fogo na República”,
Cachoeira acreditava que conseguiria provar que José Dirceu teria tramado a queda de Antônio Palocci, colocando, assim, o governo Dilma contra o PT. “Aí é ótimo, fantástico”, responde Demóstenes (leia a íntegra do diálogo clicando aqui). Cachoeira tenta ainda se tornar credor de Policarpo ao determinar ao araponga que transmitisse uma ordem ao jornalista. A fita deveria ser pedida a ele.
Fiasco de Veja
A capa de Veja, em que José Dirceu, era retratado como “Poderoso Chefão”, foi antecipada por Reinaldo Azevedo, como a maior denúncia dos últimos anos, e tratada como um escândalo de grandes proporções. O feitiço, no entanto, se virou contra o feiticeiro. No mesmo fim de semana em que a revista circulou, descobriu-se que o repórter Gustavo Ribeiro, subordinado a Policarpo Júnior, havia tentado invadir o quarto de Dirceu.
A reportagem, que transformou o jornalismo investigativo em jornalismo sob investigação, contribuiu para a queda do ex-redator-chefe da revista, Mario Sabino. Pode, agora, contribuir também para a queda do seu sucessor, Policarpo Júnior.
Por mais que Fábio Barbosa, presidente da Abril, lute para evitar a convocação de Policarpo e Roberto Civita, será difícil conter a onda de indignação da opinião pública.
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