O clima de paz e amor instalado entre o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e o prefeito da capital baiana, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM), que chama a atenção desde que o gestor municipal assumiu o cargo no início do ano passado em razão da rivalidade histórica entre seus partidos, foi estremecido no domingo (2). Os dois estiveram no Circuito Osmar (Campo Grande), cada um em seu camarote, para acompanhar os desfiles de trios.
De acordo com a Agência Estado, o pivô da polêmica foi o estabelecimento, por parte da Prefeitura, da "zona de exclusividade comercial" nos três circuitos da festa. Para obter valores maiores pelas cotas de patrocínio oficial da folia, a administração municipal restringiu o comércio de produtos dentro dos circuitos aos oferecidos pelos patrocinadores. Com isso, arrecadou R 45 milhões para a festa, que custa cerca de R 28 milhões aos cofres municipais.
Do total arrecadado, R 20 milhões vieram de duas empresas de bebidas. Com o investimento, o Grupo Petrópolis, por meio da marca Itaipava, obteve o direito de exclusividade de venda de bebidas no Circuito Dodô (Barra-Ondina) e a Brasil Kirin, com a marca Schin, o monopólio nos Circuitos Osmar e Batatinha (Pelourinho). O governador fez críticas ao modelo: "(A exclusividade) é uma coisa antipática, vi muita gente reclamar", comentou Wagner. "Claro que quem paga quer ter direito à exclusividade, mas não é tão simples. É estranho, mas foi o que ele (o prefeito) vendeu para o patrocinador, para arrecadar mais.
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