Após oito dias sem aulas, três das quatro escolas estaduais de Irecê, no norte do Estado, abriram as portas para receber os mais de três mil alunos. Mas, apesar da iniciativa, a situação está longe de ser considerada normal. Nesta quinta-feira (20), a reportagem do Sertão Baiano esteve no Colégio Polivalente, na Avenida Caraíbas. O diretor geral da unidade, Ulisses Smaneotto, diz que terceirizados e prestadores de serviço receberam salários de dezembro e janeiro, mas o mês de fevereiro ainda está pendente. Além disso, reclama da falta de merenda escolar.
“Ainda não recebemos nada por parte da Secretaria da Educação. Compramos um pequeno suprimento com uma verba extra, mas não dura mais do que 10 dias”. Quanto à questão da segurança, Smaneotto sustenta que não houve nenhuma sinalização por parte do Governo do Estado e o Colégio Polivalente segue sem vigilantes.
“Ainda não recebemos nada por parte da Secretaria da Educação. Compramos um pequeno suprimento com uma verba extra, mas não dura mais do que 10 dias”. Quanto à questão da segurança, Smaneotto sustenta que não houve nenhuma sinalização por parte do Governo do Estado e o Colégio Polivalente segue sem vigilantes.
No Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, o maior da cidade, o problema foi “parcialmente” resolvido, segundo o diretor Antônio Conceição Jesus. “Alguns funcionários receberam o mês de janeiro, outros ganharam apenas o vale alimentação, enquanto outros não receberam absolutamente nada. Entretanto, quem recebeu os vencimentos garante que os valores estão desatualizados, uma vez que o salário mínimo em vigor no país desde de 1º de janeiro é de R$ 724”. Outro problema apontado pelo gestor é a merenda escolar.
Contagem regressiva
“Com a mudança do sistema de aquisição, ainda não recebemos nenhum suprimento. Temos, em estoque, alimentos para dois dias. Mas, por incrível que pareça, não há funcionários para preparar a merenda. Na verdade, dos 18 funcionários terceirizados e prestadores de serviço (PST), apenas dois apareceram por consideração à direção e aos alunos. Estamos sem porteiro, sem assistente de sala, sem ninguém na cantina e sem pessoal de limpeza”.
Após reunião, realizada nesta quarta (19), os diretores das quatro escolas estaduais de Irecê emitiram nota de esclarecimentos à população, onde relatam detalhes do drama vivido pela comunidade escolar, mas se comprometem a dar início ao ano letivo em função do “compromisso com a aprendizagem e a formação cidadã dos alunos”. No documento, os gestores ressaltam, entretanto, que “se a situação perdurar por mais tempo” será impossível a continuidade das aulas. A direção do Centro Territorial de Educação Profissional de Irecê (CETEP), que atende 700 estudantes, alega que não tem condições de iniciar imediatamente as aulas “por conta de problemas técnicos e estruturais”.
Fonte: Daniel Pinto // Sertão Baiano
Fonte: Daniel Pinto // Sertão Baiano
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