Os peritos russos encarregados de analisar amostras do corpo do líder palestino Yasser Arafat excluíram a hipótese de ele ter sido envenenado e concluíram que a morte foi natural, informou hoje (26) o chefe da equipe. “Concluímos todas as análises. A pessoa teve morte natural e não por radiação”, disse Vladimir Uiba, chefe da Agência Federal de Análises Biológicas da Rússia, em entrevista coletiva.
O corpo de Arafat, que morreu em 2004, foi exumado em 2012 e cerca de 60 amostras foram distribuídas a três equipes de peritos uma russa, uma suíça e uma francesa a pedido da viúva Suha Arafat. O grupo francês também descartou a hipótese de envenenamento, mas a equipe suíça detectou altos níveis de polônio 210, substância altamente radioativa, nas amostras analisadas.
Vladimir Uiba disse à imprensa que a sua agência não recebeu qualquer pedido para repetir os exames: “Concluímos a avaliação e todos concordaram. Além disso, os suíços retiraram as suas conclusões e os franceses confirmaram as nossas”, acrescentou.
O embaixador da Palestina em Moscou, Faed Mustafa, informou que, apesar das conclusões dos peritos russos, as autoridades do país não vão encerrar a investigação sobre a morte de Arafat. “Só posso dizer que já foi decidido continuar” a investigação, disse Mustafa. “Respeitamos a posição deles, valorizamos muito o seu trabalho, mas decidimos continuar a trabalhar”, acrescentou.
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