Enquanto o governo já bateu o martelo e anunciou o nome do secretário da Casa Civil, Rui Costa (PT), como o representante do bloco, a oposição ainda segue indefinida e com alguns postulantes brigando para garantir a candidatura e, também, a chamada ‘União das Oposições’.
O DEM, PMDB e PSDB encabeçam o bloco. O ex-ministro da Integração Nacional e atual presidente do PMDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, não esconde a vontade de ser o representante, mas de acordo com o secretário de Transportes e Urbanismo de Salvador, José Carlos Aleluia (DEM), ele está trabalhando e disposto a construir uma candidatura sólida e competitiva ao governo do estado, em 2014.
Em entrevista concedida à Tribuna, o demista diz que a gestão do prefeito ACM Neto será a maior vitrine a ser usada pelo partido e seus aliados na eleição agendada para outubro do próximo ano. Aleluia se coloca como pré-candidato, vivo na disputa pelo posto e faz críticas ao escolhido petista. “Estou no páreo e muito empenhado em ser o candidato ao governo pela oposição. Não admito nenhuma outra hipótese no momento. A minha prioridade é trabalhar para disputar o governo do Estado’, disse o secretário.
“Eu coloco o meu nome e faço isso porque tenho muito desejo, disposição e energia para governar a Bahia, mas não para dar continuidade ao projeto que está aí há sete anos. A eleição do ano que vem tem um candidato que é a imagem do governo atual, com o chefe da Casa Civil. Portanto, tem uma participação em tudo que está sendo feito e a população dirá se quer que a Bahia continue do jeito que está ou se quer construir uma nova Bahia”.
Aleluia acredita que o representante do oposição, se chegarem ao acordo por nome único, não deve ser escolhido por imposição e sim por coesão. “Deve ser colocado o que melhor possa reunir os desejos dos partidos que vão compor essa aliança. É importante que não seja o meu ou nenhum outro partido impondo, mas seja alguém que traga um projeto desse arco de aliança que governa Salvador e Feira de Santana. Esse arco de aliança deve ter um candidato único”, acredita ao apontar como concorrente correligionário José Ronaldo, prefeito eleito de Feira e também pré-candidato.
Sobre uma possível aliança com o PP de Mário Negromonte e João Leão, ele não descarta a parceria. “Não podemos fechar nenhuma possibilidade. O único partido com o qual não posso enxergar aliança é o núcleo duro da esquerda. O PT é o núcleo duro do governo. Com esse não vou imaginar aliança porque seria pensar uma candidatura única e em política isso não está certo. Nós não pensamos e não governamos igual a eles”.
A candidatura da senadora Lídice da Mata (PSB) não convence o secretário que acredita em uma campanha confusa da socialista que fez parte da grupo do governador. “ Lídice vai trabalhar para tentar fazer um projeto distinto, mas ela também terá que defender o legado de Wagner porque ela participou do governo Wagner o tempo todo e ainda participa. Eu tenho grande respeito pela senadora e o projeto dela tem, no mínimo, uma grande semelhança com o governo Wagner”.
Por fim, Aleluia acredita que a oposição está agindo de forma correta em não anunciar o nome eu representará o bloco. Por Geddel e candidato deveria ter sido divulgado logo após a confirmação do governo, mas o DEM não comunga com a opinião. “Nós não temos que usar a mesma tática do governo porque não queremos governar da mesma maneira que ele governa e nem temos a estrutura que ele tem. Nós vamos vencer pela nossa capacidade de mostrar uma forma diferente de servir às pessoas”.
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