Após quase um ano aguardando por apreciação no plenário da Casa, o vereador Joceval Rodrigues (PPS) emplacou a moção de repúdio ao Supremo Tribunal Federal (STF), que aprovou a autorização para aborto de bebês anencéfalos. Motivo de discórdia há tempos na Câmara, o projeto passou despercebido dos vereadores que estavam na sessão. Momentos depois, Joceval celebrava. “Foi aprovado por unanimidade um antigo pleito nosso”, vibrou o vereador. Na última legislatura, a moção chegou a ser usada como justificativa para adiar a apreciação das contas do ex-prefeito João Henrique. Ontem, passou sem tensão. “Não tenho culpa se os vereadores votaram sem ler os projetos”, provocou o vereador.
Diante da informação que a moção de repúdio foi aprovada – por unanimidade –, os vereadores da oposição ficaram tensos e reclamaram de “golpe” da mesa diretora ao apreciar um projeto sem discussão. “Não houve acordo para votar esse projeto”, reclamou o líder da minoria, Gilmar Santiago (PT). Fizeram coro com ele Aladilce Souza (PCdoB) e Fabíola Mansur (PSB), que se colocou a favor da decisão do STF.
Os demais oposicionistas, mesmo em silêncio, pediram para o líder solicitar o registro de voto contrário. No final, a bancada do governo retirou o quórum e os votos refeitos ficaram apenas como solicitação na ata. “Não tem como votar contra o que vocês mesmos aprovaram”, alfinetou Joceval Rodrigues, autor do projeto. Com informações da coluna Raio Laser, da Tribuna da Bahia.
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