O fogo que atingiu dois galpões da loja Insinuante, em Lauro de Freitas, desde o início da manhã desta terça-feira (10), foi parcialmente controlado no início desta tarde. De acordo com o coronel José César Perrone, comandante do trabalho do Corpo de Bombeiros no local, ainda há foco de incêndio em um dos galpões, mas as chamas no outro já foram totalmente controladas.
O combate ao incêndio de grandes proporções, que começou por volta de 6 horas, foi realizado com a ajuda de cinco carros do Corpo de Bombeiros, além de uma escada especial e uma plataforma aérea.
A corporação enfrentou dificuldades por falta de água. Para ajudar, carros-pipa da Concessionária Bahia Norte, Infraero, Polo Petroquímico e Defesa Civil de Camaçari abasteceram as viaturas dos bombeiros.
O funcionário Romilton Oliveira disse ter visto o incêndio começar a partir de um curto-circuito em uma lâmpada. A fagulha teria caído em cima da embalagem de uma geladeira, composta por isopor e plástico, e iniciado o foco de incêndio.
De acordo com o conferente do depósito, Ricardo Pereira, 26, havia cerca de 25 pessoas trabalhando no local quando o fogo começou no setor de sofás, colchões e lavadoras. Eles acionaram o Corpo de Bombeiros e tentaram debelar as chamas. "O fogo estava muito alto, tinha muito material inflamável. Parte do teto desabou e a gente teve que sair", conta.
O coordenador da Defesa Civil de Lauro de Freitas, Ápio Vinagre, que está no local para avaliar a dimensão do sinistro, confirmou que o fogo começou no depósito de colchões. Ele também confirmou que os bombeiros tiveram dificuldades de conseguir água para realizar o trabalho. As equipes buscam água nas imediações, com empresários e hotéis que tenham algum tipo de reservatório.
O teto do depósito, que está repleto de material inflamável, cedeu em alguns pontos. A intensidade da fumaça, que chegou a ser vista da orla de Salvador, já começa a diminuir e não compromete pousos e decolagens no Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães porque o vento a leva para a direção oposta.
Diversos funcionários foram acionados para retirar mercadorias de dentro da área do depósito que não foi atingida e colocar em mais de 10 caminhões que estão estacionados no local. Um deles, Velmer Barbosa, passou mal e foi atendido pela viatura da Samu.
Além das sete viaturas do Corpo de Bombeiros que trabalham na área, há unidades de combate a incêndio da Infraero e do Polo Petroquimico. Uma viatura da PM fecha a entrada do prédio para impedir o trânsito de veículos.
Insinuante - Em nota oficial, a Insinuante informou que não houve vítimas no incêndio. Leia íntegra da nota: "A Insinuante informa que no incêndio do Centro de Distribuição da Bahia, em Lauro de Freitas, não existe nenhuma vítima. O fogo teve início às 6 horas de hoje e não havia nenhum funcionário no Galpão no momento. O Corpo de Bombeiros já está no local isolando a área e ainda não é possível estimar o prejuízo. Todas as medidas de segurança foram tomadas para preservar a integridade física dos colaboradores".
Embasa - Também em nota oficial divulgada para a imprensa, a Embasa informou o envio de quatro carros-pipa para o depósito da Lojas Insinuante, para ajudar o trabalho do Corpo de Bombeiros.
Além disso, para ajudar no combate, a empresa está disponibilizando três carros high velocity, veículos com jatos d´água utilizados na lavagem de rede de esgoto.
Ainda de acordo com o comunicado, a Embasa informa que, na região da Estrada do Coco, existem três hidrantes: na Avenida Luis Tarquínio, em Vilas do Atlântico e na Base Aérea de Salvador.
Todos, segundo a empresa, estariam com vazão suficiente para abastecer os carros dos Bombeiros. A Embasa ressalta que o abastecimento de água no município de Lauro de Freitas está regular.
A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, disse que a falta de água que atingiu o município e diversos bairros de Salvador neste feriadão de Semana Santa não interferiu no combate ao incêndio.
"Não tem nada a ver com a falta de água. Até porque o abastecimento já foi restabelecido. (A falta de água) não é a causa do incêndio ter se avolumado tanto. O que dificultou foi o local do incêndio que não é de fácil acesso e o tipo de produto atingido, que é altamente inflamável".
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