Sem receber os salários de maio e prestes a vencer o prazo para serem quitados os de junho, os funcionários da Maternidade Ester Gomes (Mãe Pobre) chegaram nesta sexta-feira (03) a 28 dias de greve. De acordo com o Sintesi (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna), a direção da unidade aguarda o pagamento de um contrato complementar feito em março com o governo estadual, no valor de R$ 80 mil mensais. Desde então, não teria vindo nenhuma parcela.
Enquanto o impasse não se resolve, 30% do quadro estão em atividade. No entanto, revela Raimundo Santana, coordenador do referido Sindicato, nem todos os dias há médicos plantonistas no local – também devido a pendências salariais. Assim, as parturientes costumam ser encaminhadas para o Hospital Manoel Novaes, a única maternidade em funcionamento na cidade.
Aí se configura outro problema: a superlotação no "Novaes", que computou 390 partos em Junho, quando é contratado para realizar 120 no mesmo período. "A situação é delicada; o Manoel Novaes é estruturado para realizar partos de médio e alto risco, mas todos estão indo pra lá; não há estrutura para tanto", comentou o sindicalista.
Ele acredita que esteja havendo "falta de experiência" por parte da direção da Maternidade Ester Gomes. "Eles tinham que ir pra Salvador, chegar junto da Sesab [Secretaria de Saúde do Estado da Bahia] para resolver", criticou, lembrando que os 90 funcionários asseguram só encerrar a paralisação mediante o pagamento da remuneração de maio.
Devido ao limite estabelecido em lei, 70% dos funcionários estão em greve
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