quarta-feira, 6 de maio de 2015

Mário Negromonte está na lista do esquema de corrupção da Petrobras

Mesmo após seu envolvimento no caso, Mário Negromonte foi nomeado pelo ex-governador Jaques Wagner para o TCM.
Mesmo após seu envolvimento no caso, Mário Negromonte foi nomeado pelo ex-governador Jaques Wagner para o TCM.
Após detalhar como o esquema de corrupção tinha beneficiado também a campanha à reeleição do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse esperar que os “maus políticos” citados na Operação Lava Jato também sejam punidos.

Costa confirmou a participação no esquema de corrupção do conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA), Mário Negromonte. O baiano estava em uma lista de 28 parlamentares confirmada em depoimento. Negromonte foi escolhido conselheiro do TCM pelo então governador Jaques Wagner, em 2014, mesmo após seu envolvimento no caso.

”A penalidade não pode ser apenas em cima de diretores”, defendeu. À CPI da Petrobras, o ex-diretor lembrou que os balanços auditados não foram capazes de captar as irregularidades na estatal. “Espero que nunca mais aconteça”, afirmou.

Costa confirmou a participação no esquema de corrupção do conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA), Mário Negromonte. O baiano estava em uma lista de 28 parlamentares confirmada em depoimento. Negromonte foi escolhido conselheiro do TCM pelo então governador Jaques Wagner, em 2014, mesmo após seu envolvimento no caso.

Costa implicou os seguintes políticos:

• Ciro Nogueira (PP-PI), Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Edson Lobão (PMDB-MA), Valdir Raupp (PMDB-RO), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Humberto Costa (PT-PE), Lindberg Faria (PT-RJ) e Fernando Bezerra (PSB-PE);
os deputados Benedito de Lira (PP-AL), Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Simão Sessim (PP-RJ), Luiz Fernando Faria (PP-MG), José Otavio Germano (PP-RS), Mário Negromonte (PP-BA), Aníbal Gomes (PMDB-CE), Eduardo da Fonte (PP-PE), Arthur Lira (PP-AL) e Nelson Meurer (PP-PR);

• Os ex-senadores Sérgio Guerra (PSDB-PE), já falecido, e Roseana Sarney (PFL-MA);
• O ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo (PT);
• O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB); e
• O atual governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Ao responder ao relator Luiz Sérgio (PT-RJ), Costa negou que a corrupção tenha sido institucionalizada na Petrobras.”Os problemas foram pontuais”, acrescentou. Costa contou que foi chamado pelo então vice-governador do Rio de Janeiro, Fernando Pezão, e pelo secretário Régis Fichtner para dar apoio financeiro à campanha à reeleição de Cabral. O ex-diretor levou algumas empresas ao encontro dos peemedebistas e revelou que o objetivo era que arrecadar R$ 20 milhões para Cabral.Questionado sobre a destruição das gravações das reuniões do Conselho de Administração da Petrobras, Costa disse que sabia que havia gravações, mas não tinha informações sobre a destruição dos áudios. No caso da compra da refinaria de Pasadena, o ex-diretor disse que se a presidente do colegiado à época, Dilma Rousseff, fosse contra o negócio, a compra não teria sido efetivada.

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