Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados
O ex-deputado Luiz Argôlo, acusado de receber propina da Petrobras e indiciado pela Operação Lava Jato, disse ter conhecido o doleiro Alberto Youssef na casa do também ex-deputado e atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, Mário Negromonte. A afirmação vai de encontro a informações dadas pelo conselheiro, que disse só ter estado com o doleiro em eventos sociais. “Conheci o Youssef depois de me eleger deputado. O encontro onde conheci o empresário foi realizado na casa do deputado Mário Negromonte”, afirmou, em depoimento à CPI da Petrobras, nesta terça-feira (12). Ainda de acordo com Argôlo, ele não conheceu o “doleiro Youssef”. “Conheci o empresário. Ele tinha investimentos na Bahia e o conheci já depois de eleito deputado. Não fui ao Google ou consultei o CPF dele para saber se já tinha sido acusado de algo no passado”, relatou. Arrolado em um dos maiores escândalos de corrupção da história do país, Luiz Argôlo disse que hoje “é difícil acreditar no político” e que todos os escândalos, de todos os governos, “recaem sobre os deputados”. “A política passa por um descrédito muito grande. Na sociedade, tudo que é ruim, é feito pelo político. Eu construí meu nome no meu estado através dos meus mandatos como vereador, deputado estadual, deputado federal. É muito difícil se você não tem um histórico político”, disse, ao esquecer fortuitamente que vem de uma família política tradicional do interior do estado. Em fevereiro deste ano, a Polícia Federal flagrou uma conversa íntima entre Argôlo e Youssef. Por meio de SMS's, os dois trocam mensagens carinhosas. "Queria ter falado ontem, não falei. Te amo", diz Argôlo. "Eu amo você também. Muitoooooooooo<3", responde, efusivamente, o doleiro.
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