sábado, 21 de fevereiro de 2015

Odebrecht pediu ao ministro Cardozo munição para contestar provas


Os procuradores Deltan Dallagnol, Eduardo Pelella e Orlando Martello na Suíça (Foto: Reprodução/Jornal Nacional/TV Globo)
Os procuradores Deltan Dallagnol, Eduardo Pelella e Orlando Martello na Suíça (Foto: Reprodução/Jornal Nacional/TV Globo)
Advogados da empreiteira Odebrecht que se reuniram neste mês com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, recorreram a ele em busca de munição para questionar a legalidade de provas obtidas na Suíça pelos procuradores que investigam o esquema de corrupção descoberto na Petrobras pela Operação Lava Jato. A defesa da empreiteira, um dos alvos da investigação, suspeita que os procuradores obtiveram informações bancárias na Suíça antes que o Ministério da Justiça apresentasse às autoridades suíças um pedido de colaboração.

Se conseguir demonstrar isso, a Odebrecht poderá recorrer à Justiça para tentar anular as provas obtidas pelos procuradores, ou impedir que sejam usadas no Brasil. Os advogados da Odebrecht pediram ao ministro da Justiça uma certidão que informe detalhes sobre a cooperação com a Suíça. Se o documento comprovar a tese da empreiteira, poderá ser usado contra os procuradores. O Ministério da Justiça ainda não respondeu à solicitação.

Três representantes da Odebrecht se reuniram com Cardozo no último dia 5, em seu gabinete em Brasília. Eles expuseram o problema e ouviram do ministro a sugestão para que formalizassem o pedido. A reclamação foi registrada em ata e a petição foi apresentada quatro dias depois. (Flávio Ferreira, Catia Seabra e Severino Mota, da Folha de São Paulo)

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