sábado, 21 de fevereiro de 2015

Dilma usa tática de quem bate carteira e grita pega ladrão, diz FHC.


No ataque mais duro dirigido ao PT, FHC diz que Dilma usou uma tática infamante (Foto: RPSDB)
No ataque mais duro dirigido ao PT, FHC diz que Dilma usou uma tática infamante (Foto: RPSDB)
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) publicou uma nota rebatendo declarações da presidente Dilma Rousseff (PT) de que a corrupção na Petrobras deveria ter sido investigada durante a gestão do tucano. No ataque mais duro à petista, FHC diz que ela lançou mão de uma tática ''infamante'' da velha anedota do punguista que mete a mão no bolso da vítima, rouba e sai gritando 'pega ladrão'. 

Nesta sexta, Dilma disse que ''se em 1996 ou 1997 tivessem investigado e tivessem, naquele momento punido, nós não teríamos o caso desse funcionário da Petrobras que ficou durante quase 20 anos [atuando em esquema] de corrupção''. ''A impunidade, e isso eu disse durante toda a minha campanha, a impunidade leva água para o moinho da corrupção'', concluiu.

FHC disse que, com a fala de Dilma, se sentiu ''forçado a reagir''.''O delator a quem a presidente se referiu foi explícito em suas declarações à Justiça. Disse que a propina recebida antes de 2004 foi obtida em acordo direto entre ele e seu corruptor", afirmou, numa referência às declarações de Pedro Barusco, ex-gerente de engenharia da estatal,que hoje é delator na operação Lava Jato.

''Somente a partir do governo Lula a corrupção, diz ele, se tornou sistemática. Como alguém sério pode responsabilizar meu governo pela conduta imprópria individual de um funcionário se nenhuma denúncia foi feita na época?'', provoca FHC.

O tucano diz ainda que Dilma deveria ''fazer um exame de consciência'' em vez de ''tentar encobrir suas responsabilidades, jogando-as sobre mim''. 

''Poderia começar reconhecendo que foi no mínimo descuidada ao aprovar a compra da refinaria de Pasadena e aguardar com maior serenidade que se apurem as acusações que pesam sobre o seu governo e de seu antecessor.'' (Daniela Lima, Folha de São Paulo)

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