quarta-feira, 25 de junho de 2014

PR: César Borges sangra nacionalmente e partido se divide

Muito foi divulgado nos últimos dias sobre uma eventual saída do PR da base dos governos de Dilma Rousseff e de Jaques Wagner. A debandada seria mais uma entre outras anunciadas recentemente. Contudo, as especulações ainda não se concretizaram e até o dia da convenção nacional do partido, agendada para o próximo dia 30, as portas e janelas continuarão abertas.

Na Bahia, a situação não é diferente. No bojo dos partidos neogovernistas, os republicanos não integram o “coro dos contentes”. Ao contrário, os diversos quadros oriundos do campo oposto ao dos petistas trabalham sem descanso para levar a legenda, com horário de tv e rádio e militância, para a coligação de Paulo Souto (DEM).

César Borges, ainda ministro dos Transportes, tem atuado para conseguir manter a palavra dada e segurar os insatisfeitos no grupo que defenderá a candidatura de Rui Costa (PT). No entanto, sangra nacionalmente e perde a liderança inquestionável dentro do diretório baiano. José Rocha, presidente do diretório Bahia, também está instabilizado.

Os segundos e terceiros escalões dos republicanos permanecem, até o momento, na base governista. A maior parte negocia alto com a atual gestão estadual para ficar neutro ou pró-Rui. O grupo dos que sentem desprestigiados pelo governador Jaques Wagner tem crescido. As pesquisas também facilitam a escolha de lado, ainda que mandatário do Executivo estadual negue.

Em entrevista recente ao Bocão News, Jaques Wagner deu uma dica para aqueles que estão se pautando por pesquisa: é bom botar a barba de molho porque caboclo vai e depois fica com a cara mexendo sem saber como é que volta. Eu tenho muita segurança desta campanha. Vamos trabalhar muito.

Do outro lado, tem prefeito, deputado e liderança que lamenta: o governador é uma pessoa de trato fino. Mas não resolve. Diz que Paulo Souto não atende, mas não adianta atender e não resolver.

Na sexta-feira (27), o PT realiza a convenção para homologar a candidatura de Rui Costa. PP, PDT, PSD, PCdoB e PTB devem acompanhar os petistas. O PR é a dúvida. Há quem diga que independente da nacional, na Bahia os republicanos ficarão com Rui Costa e ponto final. Mas uma intervenção da nacional preocupa e pode desautorizar a manobra.

A oposição está confortável neste cenário. Já conseguiu contestar a liderança de César Borges e José Rocha e a despeito da decisão, instabilizou o apoio. Isso quer dizer, que parte dos republicanos fará campanha para Paulo Souto sem cerimonias. O PT pode ganhar o tempo de TV e perder lideranças e prefeitos.(bocao news)

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