Herói da classificação do Brasil nos pênaltis, contra o Chile, para as quartas de final da Copa do Mundo, Julio César desabou em emoção após a partida no Mineirão, lembrando que, há quatro anos, na África do Sul, dava entrevista no papel de vilão, após a eliminação contra a Holanda (relembre a entrevista de 2010).
Quatro anos atrás, dei uma entrevista muito triste, chateado, emocionado. E hoje estou repetindo, com felicidade. Só Deus e minha família sabem o que eu passei e passo até hoje, mas sei que minha história na Seleção não acabou. Meus companheiros estão me dando muita força para chegar dentro de campo e dar o meu melhor. Faltam três degraus, e ainda espero dar outra entrevista com o Brasil em festa - disse o goleiro, que defendeu as cobranças de Pinilla e Sánchez (Jara acertou a trave) e foi eleito pela Fifa o craque da partida.
Após ser decisivo na vitória por penalidades, Julio César fez questão de afirmar que não se sente "vingado" pelas falhas no Mundial de 2010. Segundo o camisa 12, o sentimento só vai existir se a Seleção conquistar o hexacampeonato.
Tem que ir até o Maracanã (na final). Tenho que beijar aquele troféu. Está chegando. Seria melhor sem pênaltis daqui para frente, né? Porque senão meus familiares e todo mundo sofre brincou o goleiro.
Depois de viver uma tarde de Taffarel no Mineirão, Julio César revelou toda sua felicidade em poder viver um momento parecido com o do ex-goleiro, que brilhou em decisões por pênaltis nas Copas de 94 e 98.
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