quinta-feira, 26 de junho de 2014

Gabrielli diz que não abrirá mão do seu sigilo bancário

Foto: Geraldo Magela / Agência Senado
Estadão Conteúdo
O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli afirmou nesta quarta-feira, 25, que não vai abrir mão do seu sigilo bancário. Em resposta ao questionamento feito pelo deputado Izalci Lucas (PSDB-DF), ele disse que não está envolvido em nenhuma das denúncias de mau uso de recursos públicos ou de corrupção que são alvo de investigações oficiais. "Não tem por que abrir mão do meu sigilo bancário", afirmou. A oposição já apresentou requerimentos para quebrar os sigilos dele, mas os pedidos ainda não foram votados.
Gabrielli rejeitou também a afirmação do tucano de que a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), foi uma "negociata". "Eu recuso a afirmação de que Pasadena foi uma negociata", disse.
Numa referência indireta à gestão Fernando Henrique Cardoso, o ex-presidente da Petrobras Gabrielli afirmou que o governo anterior "destruiu a capacidade de investimento básico" da estatal, após uma série de críticas sobre a gestão petista. Disse ainda que o setor de Engenharia da empresa estava sendo "desmontada" pelo governo tucano, a quem acusou de criar uma "situação irresponsável" para o futuro da empresa.
"Quem retomou a pesquisa e o desenvolvimento foi este governo e não o anterior, que, ao contrário, destruiu a Engenharia da Petrobras, destruiu a capacidade de investimento básico. Criou uma situação irresponsável sobre o desenvolvimento tecnológico da companhia", disse.
Pouco antes, Gabrielli elencou uma série de números da estatal para justificar a boa gestão da companhia. Ele citou que, dos 10 maiores lucros da história da Petrobras, quatro ocorrem sob sua gestão. "Se isso é gestão temerária, não acho que é isso que os números dizem", completou.
Requerimentos
O presidente em exercício da CPI mista da Petrobras, senador Gim Argello (PTB-DF), marcou para a próxima quarta-feira, dia 2, uma sessão para votar requerimentos da comissão. Na semana passada, após a base não ter comparecido, a sessão de votação foi adiada por falta de quórum.
Na lista da semana passada, estava prevista a apreciação de requerimentos que poderiam quebrar os sigilos fiscal, bancário e telefônico do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de abastecimento da petroleira Paulo Roberto Costa. Os dois estão presos e são investigados pela Polícia Federal no curso da Operação Lava Jato.

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