Após um mês do início do ano letivo, os alunos da rede municipal de Piritiba, na Chapada Diamantina, vivem o drama da falta da alimentação escolar e algumas turmas ainda estão sem professores. A denúncia é do Sindicato dos Servidores Municipais de Piritiba (Sindsemp), que encaminhou texto ao Jornal da Chapada, nesta quinta-feira (26) alertando do caso. Sem ter saída, o sindicato e a categoria se reuniram na quarta-feira (25) e decidiram, por unanimidade, paralisar as atividades docentes pela segunda vez, na tentativa de solucionar os problemas. Dessa forma, nos dias 6 e 7 de abril, a educação municipal de Piritiba para suas atividades.
De acordo com a presidente do Sindsemp, Cleide Lima, o ano letivo em Piritiba, conforme o calendário escolar começou em 22 de fevereiro, “entretanto, o ano já começou cambaleando, algumas escolas começaram dia 22, outras no dia 2 de março, e outras até o momento ainda estão sem funcionamento”. O sindicato se reuniu, na última terça-feira, dia 24 de março, com os vereadores de Piritiba, o jurídico da Câmara e com os professores para buscar uma solução para os descumprimentos da legislação e a perseguição aos servidores e dirigentes sindical, por parte da gestão.
Os vereadores presentes (Divaldo Vilela Júnior, Valdionor Araújo e Ivan Barreiros), solidários com a categoria, colocaram-se à disposição. Divaldo Júnior se comprometeu com a entidade em mediar junto ao prefeito e a secretária de educação para que os problemas sejam resolvidos. “Ele, juntamente com todos os presentes, sabe que lei é para cumprir e, que a gestão municipal tem que administrar com transparência e responsabilidade”. “Cobramos o cumprimento das leis. Este ano, após enviar vários ofícios reivindicando os direitos, a gestão municipal continua em silêncio, sem responder aos ofícios da entidade e sem sentar para dialogar”, diz Cleide.
“Os alunos vivem o drama da falta de merenda escolar das escolas dos povoados, distritos e escolas nucleadas. As escolas da sede, os alunos após mais de 30 dias sem merenda, agora recebem biscoitos cream cracker como alimentação escolar. Qual a explicação para tantos desmandos?”, questiona Cleide Lima. Ainda segundo a presidente do sindicato, a diretoria do sindicato, desde o mês de julho de 2014, vem alertando a Secretaria de Educação para as reivindicações da classe.
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