O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy, classificou como “gravíssima” a denúncia de que a presidente Dilma Rousseff (PT) e os ex-mandatário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderiam ter interrompido o propinoduto na Petrobras, mas nada fizeram para impedir desvios bilionários na petrolífera brasileira.
O parlamentar baiano se guia pela reportagem da revista Veja deste último final de semana, que mostra uma mensagem enviada por Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento da Petrobras, à Dilma, que à época era chefe da Casa Civil.
Conforme reportagem, o ex-dirigente propõe uma solução política para a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) ao Congresso de paralisação de três grandes obras da estatal em virtude da identificação de irregularidades.
“E foi o que ocorreu: o Congresso aprovou o corte dos recursos para as obras, mas Lula vetou e mais de R$ 13 bilhões foram liberados para quatro empreendimentos da estatal superfaturadas, inclusive as indicadas por Paulo Roberto”, acusa o tucano, em nota enviada à imprensa.
Imbassahy afirma que a mensagem interceptada pela Polícia Federal (PF) e publicada pela semanal aproxima ainda mais a mandatária petista do esquema de corrupção na estatal. O peessedebista chama atenção para o fato de Costa ter ultrapassado os limites hierárquicos e ter se dirigido diretamente a Dilma – braço direito de Lula na época.
“Revela uma relação muito próxima, que dispensava formalidades”, aponta, ao afirmar que isso explica ainda o porquê de o Planalto agir para barrar os trabalhos da CPMI no Congresso.
“Não tenho dúvidas, tudo aconteceu de fato nas barbas da presidente Dilma. Ela podia até não saber de tudo, pelo tamanho que se mostrou o problema, mas de que ela não sabia de nada, isso ninguém em sã consciência acredita”, opina o líder tucano.
Para Imbassahy, as consequências do Petrolão, como é conhecido o esquema de corrupção, maior da história do país. terão grande impacto também no próximo ano, quando começa uma nova legislatura no Congresso Nacional. E, certamente são objeto de uma nova CPI que deverá ser aberta em 2015. A atual CPMI segue investigando até 22 de dezembro.
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