São Paulo – De acordo com a promotora Alessandra Garcia Marques, do Ministério Público do Acre (MP-AC), o caso da empresa TelexFREE, que é acusada pelo órgão de praticar o crime de pirâmide financeira, deve ser julgado até o meio do ano. A previsão foi feita em entrevista ao G1.
A TelexFREE, que oferece serviços de VoIP (sistema de telefonia via internet), teve seus bens bloqueados pela Justiça em junho de 2013, devido a uma ação civil movida pelo MP.
A empresa também está impedida de realizar pagamentos a seus divulgadores e a realizar novas adesões.
De acordo com Alessandra, o processo está em fase de produção de provas e está perto do fim, "se depender do Ministério Público".
“O que tem atrasado um pouco é o comportamento da empresa, que recorre sem fundamento, que propõe incidentes no processo, isso é o que está atrapalhando”, disse ao G1.
A TelexFREE já foi multada pela justiça por apresentar recursos considerados protelatórios, isto é, que apenas atrasam o processo, intenção que é negada pela companhia.
Titular da Promotoria de Defesa do Consumidor do órgão, Alessandra afirmou ainda que se sente comovida com as pessoas humildes que investiram no negócio sem conhecimento.
Segundo ela, que já foi ameaçada inúmeras vezes de morte, a oposição dos divulgadores ao processo só ocorre porque o Ministério Público agiu antes que o "negócio ruísse”.
O que diz a TelexFREE
Contrário à posição do MP, o diretor de marketing e sócio da TelexFREE, Carlos Costa, publicou vídeo no qual acusa o órgão de não ter aceito uma proposta de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) sugerida pela empresa que poderia encerrar o caso com ressarcimento de quem investiu e não recuperou seu dinheiro.
O MP, no entanto, não aceita que a TelexFREE mantenha seu modelo de negócios, considerado insustentável pelos promotores.
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