O rompimento da aliança de sete anos entre PMDB e PT no Rio de Janeiro foi confirmado na manhã desta segunda-feira (27), após reunião entre o governador e o presidente regional do PT, Washington Quaquá. O anúncio, motivado por divergências sobre as candidaturas para governador na eleição deste ano, coloca em dúvida também o empenho do PMDB fluminense na campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff.
O governador Sérgio Cabral (PMDB) não abre mão de lançar seu vice, Luiz Fernando Pezão, para o posto, enquanto o PT deve lançar o senador Lindbergh Farias. O PMDB chegou a cogitar a oferecer ao PT a vaga de candidato ao Senado, posto "reservado" para Cabral, que deixará o governo nos próximos dias, para tentar demover Lindbergh da candidatura ao governo do Estado.
Durante o fim de semana, uma troca de emails entre Cabral e Quaquá praticamente sacramentou o fim da relação. O governador anunciou ao líder petista que não aguardaria até o fim de fevereiro e que anteciparia a exoneração dos petistas em seu governo. Ao todo, segundo o PT local, o partido ocupa cerca de 400 vagas no Estado, mas esse número pode ser ainda maior.
Entre os petistas de maior peso que ocupam vagas no governo do Estado estão Carlos Minc, ex-ministro do Meio Ambiente e, que é secretario de Ambiente, e Zaqueu Teixeira, ex-chefe de polícia, que está à frente da secretaria de Assistência Social.
A diretoria da executiva regional do PT se reúne ainda nesta segunda para pedir que os filiados deixem seus cargos imediatamente. Há anos o PT não tem uma candidatura própria ao governo do Rio de Janeiro e, pela primeira vez, tem um quadro político competitivo. Lindbergh aparece na frente das pesquisas de opinião, enquanto Pezão tem apenas 4 por cento das intenções de voto.
As informações são da Agência Estado
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