domingo, 5 de maio de 2013

Contraprova de Deco dá positivo e ele pode pegar 2 anos de suspensão

Deco será suspenso preventivamente por um mês pelo TJD/RJ e irá a julgamento 
 
 
Flagrado no exame antidoping após o jogo entre Fluminense e Boavista, no dia 30 de março, Deco recebeu a notícia nesta sexta-feira de que a contraprova de seu teste deu positivo para a substância Furosemida, um diurético, que o meia faz uso há três anos e nunca havia tido problema. O jogador planeja processar a farmácia de manipulação e o farmacêutico responsável pela confecção de vitaminas sob a alegação de contaminação.
A equipe de Deco enviou amostras da vitamina que ele toma para serem analisadas por um laboratório. A estratégia de defesa dele será feita em cima do resultado dessa análise. Aos 35 anos, Deco divulgou nota oficial ressaltando que em 18 temporadas como profissional no futebol jamais teve seu nome ligado a um episódio do tipo e destacou que irá atrás de justiça no caso até as últimas consequências.
A suspensão do meia deve ser confirmada, preventivamente, por um mês assim que o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD/RJ) for notificado, o que acontecerá na próxima segunda. Assim, ele estaria liberado para disputar a final da Taça Rio, domingo, contra o Botafogo, se o técnico Abel Braga optasse por escalá-lo.
No entanto, isso não vai acontecer. O diretor executivo Rodrigo Caetano fez questão de passar a informação, para aliviar de antemão o turbilhão pelo qual atravessa o jogador.
- Não há possibilidade nenhuma, isso (Deco jogar) está descartado. Não tem nem cabeça para isso. Precisamos preservar o jogador e o ser humano - avisou.
Defesa se baseará em análise do laboratório
De acordo com o procedimento, o tribunal apresentará uma denúncia, e a defesa do jogador terá cinco dias para se manifestar. A partir de então será marcado um julgamento em cerca de 15 dias. A punição pode chegar a dois anos, como em casos recentes do esporte. Neste cenário, sua carreira muito provavelmente seria abreviada, já que o meia considera a possibilidade de pendurar as chuteiras em dezembro, quando acaba seu contrato.
Em nota oficial, o Fluminense divulgou que o atleta contratou um advogado particular para defendê-lo e respeita a decisão, embora tenha colocado todo o departamento jurídico à disposição de Deco.
Cielo e Dodô: casos semelhantes com fins diferentes
Em outros casos de doping no Brasil, os nadadores Cesar Cielo, Henrique Barbosa e Nicholas dos Santos foram apenas advertidos em 2011 pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça, pelo uso da mesma substância Furosemida. O tribunal atribuiu o doping à contaminação de um suplemento alimentar manipulado pela farmácia Anna Terra, de Santa Bárbara D'Oeste, em São Paulo. Na ocasião, o estabelecimento assumiu a culpa, enviando relatório no qual avisava sobre a contaminação das cápsulas por falta de limpeza no balcão onde as pílulas são produzidas.
Já o caso de Dodô, em 2007, foi bem diferente. Quando o jogador foi flagrado com a substância femproporex, o Botafogo inicialmente culpou cápsulas de cafeína produzidas por uma farmácia de manipulação. O atacante chegou a ser absolvido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, mas o caso foi parar no CAS, que suspendeu o atleta por dois anos.
No atual Campeonato Carioca, o meia Carlos Alberto, do Vasco, também foi pego no exame antidoping pelo uso de substâncias hidroclorotiazida e carboxi-tamoxifeno, uma combinação incomum, de acordo com os médicos especialistas. O jogador foi suspenso preventivamente pelo TJD-RJ por 30 dias e aguarda seu julgamento. Ele alega inocência.

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