Medir a pressão dos dois braços não é uma prática comum entre médicos e enfermeiros, mas deveria ser. Uma revisão de 28 estudos mostra que a diferença de 15 mmHg ou mais entre a pressão sistólica dos dois braços representa um risco 70% maior de morte por doença cardíaca, como infarto. A pesquisa foi publicada na revista médica "Lancet". A pressão sistólica é a mais alta -em caso de valores normais, a sistólica é 12 e a diastólica, oito. Uma diferença de 15 mmHg poderia significar que, em um braço, a pressão seria de 12 e no outro, 13,5.
A diferença pode indicar doença vascular periférica (endurecimento ou afunilamento das artérias das pernas e dos pés) e risco de doença cardiovascular cerebral, que pode causar demência. Segundo Celso Amodeo, cardiologista especialista em hipertensão do HCor (Hospital do Coração), pressões diferentes podem indicar um bloqueio em um dos lados do corpo por causa de uma placa de gordura nos vasos. A medida da pressão nos dois braços pode identificar pacientes com alto risco de doença vascular sem sintomas, dizem os autores da revisão, da Universidade de Exeter, no Reino Unido. Eles afirmam que essa prática, preconizada pelas diretrizes dos EUA e do Reino Unido, não é seguida pela maioria dos médicos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário