A Secretaria Municipal de Saúde afirmou nesta terça-feira (1º) que a redução de 20% do teto do repasse dos Sistema Único de Saúde (SUS) para as clínicas e hospitais particulares de Salvador foi acordado em abril deste ano, com o objetivo de equacionar o déficit financeiro de R$ 6 milhões. “Ressalta-se que até agora todos os procedimentos estão sendo pagos regularmente, não havendo justificativa para a suspensão dos atendimentos de urgência. (...) Aqueles que prestaram serviço acima do teto limitado serão ressarcidos assim que as contas sejam equilibradas”, garantiu o secretário Gilberto José. Mas, de acordo com o diretor operacional da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Ahseb), José Carlos Magalhães Jr., em entrevista ao Jornal A Tarde, o atendimento mais uma vez será paralisado caso não seja suspensa a redução. “Não é nada contra o povo, pelo contrário, mas não podemos continuar trabalhando sem dinheiro. Preferimos perder o contrato com o SUS do que continuar dessa forma”, ressaltou. Segundo ele, a falta de regulação no repasse do SUS pelo Ministério da Saúde e a má distribuição dos recursos pela SMS causou o impasse. “Mensalmente são repassados R$ 7 milhões para os 600 prestadores de serviço privado na capital. Esse recurso é distribuído entre as conveniadas obedecendo critérios de atendimento, estrutura. No entanto, tenho conhecimento de que as Obras Sociais de Irmã Dulce recebem mensalmente R$ 8 milhões”, revelou. Já a pasta, que garantiu o pagamento para o próxima sexta (4) para os prestadores que enviaram a documentação, em caso de nova paralisação a Central Municipal de Regulação fará a marcação de consultas nas semanas anteriores. “Os pacientes que forem prejudicados com possíveis suspensões nos atendimentos, deverão entrar em contato com o Disque Saúde 160 ou nos próprios postos de saúde para solicitar a remarcação dos procedimentos”, informou. Cerca de 40 mil procedimentos deixaram de ser realizados a cada dia
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