Marcelo Freixo deixou o Brasil após ameaças das milícias
O deputado estadual do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSOL), que deixou o Brasil na noite desta terça-feira (1º) rumo à Europa, afirmou que as milícias já são uma ameaça direta ao poder público no Brasil. "Já torturaram jornalistas, já mataram uma juíza e agora ameaçam minha vida como parlamentar", afirmou em entrevista ao Jornal O Estado de São Paulo. Para ele, o assassinato da juíza Patrícia Acioli, com armas da polícia, foi um recado claro ao Estado democrático de direito. O parlamentar ficará por cerca de um mês em algum país europeu até que sejam feitos ajustes em seu esquema de segurança. Freixo é ameaçado desde 2008, quando presidiu a CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e indiciou 235 pessoas ligadas a grupos paramilitares no estado. Nos últimos meses, após a execução da juíza Patrícia Acioli, em Niterói, a denúncia de planos para matá-lo se intensificaram. Foram sete em apenas 30 dias. Em Salvador, o Ministério Público (MP) investiga uma possível ação de grupos paramilitares chefiados por agentes públicos armados em 12 bairros da cidade. Já a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP) afirma desconhecer a atuação de milícias, mas admite que em algumas regiões da capital baiana, policiais realizaram segurança clandestina (ilegal), mas sem o controle territorial e extorsão característica desses grupos.
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