quarta-feira, 9 de julho de 2014

Bomba de insulina pode ser mais eficiente que injeções contra o diabetes tipo 2

Bombas de insulina podem ser mais eficazes no controle da glicose em pessoas com diabetes tipo 2 do que múltiplas injeções diárias de insulina. É o que diz uma pesquisa publicada na quarta-feira no periódico The Lancet. O diabetes tipo 2 é normalmente controlado por remédios orais e dieta. Em estágios avançados, o paciente pode precisar da terapia com insulina para equilibrar o nível de açúcar no sangue. O método mais comum é a injeção, administrada diversas vezes ao longo do dia pelo próprio paciente. Já as bombas são aparelhos acoplados ao corpo por um cateter colocado sob a pele e que injetam quantidades constantes de insulina de ação rápida ou curta. 

Em uma primeira etapa, os pesquisadores acompanharam 495 pessoas de 30 a 75 anos que controlaram o diabetes tipo 2 com injeções diárias de insulina. Após dois meses, os 331 pacientes que tinham a hemoglobina HbA1c, indicadora do controle de açúcar no sangue, acima da meta estipulada foram aleatoriamente designados a se tratar com a bomba de insulina ou a continuar com as injeções. Melhor equilíbrio da glicemia. Ao longo de seis meses, as pessoas que utilizavam a bomba tiveram uma redução mais significativa dos níveis de açúcar do que aqueles que usaram o outro tratamento. A meta da taxa de HbA1c foi atingida em 55% do grupo da bomba de insulina, ante 28% do grupo da injeção. Diariamente, os voluntários que usaram o dispositivo tiveram três horas a menos de hiperglicemia, que é quando o açúcar atinge níveis muito altos no sangue. Já o tempo na hipoglicemia, caracterizada pela glicemia baixa, foi semelhante nos dois grupos. No fim do estudo, a dose diária de insulina foi 20% menor na terapia com o dispositivo do que com as injeções. "As bombas aumentam a absorção eficaz da insulina e a sensibilidade do organismo à substância, graças à constante remessa do hormônio. Nossos resultados abrem a possibilidade a uma nova opção de tratamento para os indivíduos que usam as injeções diárias", diz Yves Reznik, líder do estudo e professor da Universidade de Caen, na França

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