Os primeiros métodos alternativos para substituição de cobaias devem ser reconhecidos no Brasil em agosto, avalia o coordenador do Conselho Nacional de Experimentação Animal (Concea), José Mauro Granjeiro. Ele conta que o colegiado já iniciou a avaliação de sete processos, a pedido do Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos (BraCVAM). "O uso efetivo das técnicas nos centros de pesquisa deverá levar mais um tempo. Essa é a primeira etapa", disse. Está marcada para a próxima semana um encontro com representantes de órgãos regulatórios, como Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para discutir detalhes e implicações da liberação. Todos os métodos em análise já foram validados por órgãos internacionais e são aceitos. Entre eles, um feito com olho de galinha, para testar irritação e corrosão ocular. Para avaliação de corrosão e irritação da pele, é usado tecido preparado em laboratório, informou. A pele também é usada para testes de absorção cutânea. A resolução publicada nesta sexta-feira (5) no Diário Oficial determina que a votação de cada processo deve ser feita pelo plenário do conselho. Granjeiro contou que a mudança nas regras de uso de cobaias em pesquisa clínica começou a ser discutida depois da publicação da Lei Arouca, em 2008. A discussão sobre a regulamentação, contou, ganhou ritmo a partir de 2012.
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