Usando um registro falso do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), Danielle Cotrim Guimarães, 38 anos, foi presa acusada de se passar por cirurgiã e médica clínica. Segundo a polícia, ela usou o registro de uma médica de Vitória da Conquista, para dar plantões em hospitais e até no Samu de Candeias, além de prescrever medicamentos em Salvador e Região Metropolitana. Danielle, moradora da Cidade Jardim, foi presa segunda-feira.
A falsa médica começou a ser investigada depois que um farmacêutico desconfiou de um erro numa receita emitida pela falsa médica — ela trocou a letra y pelo i ao receitar o anti-inflamatório Tylex. Pelo número do registro, o farmacêutico entrou em contato com a médica dona do registro, que registrou ocorrência na 6ª Delegacia (Brotas), em dezembro. Na contratação, a golpista alegava que tinha perdido o diploma.
Segundo a Polícia Civil, ela trabalhou em 11 plantões — e recebeu por cada um cerca de R$ 1.400. A delegada Maria Dail Sá Barreto, titular da 6ª Delegacia, acredita que o golpe vinha sendo aplicado há cerca de um ano.
Na delegacia, Danielle alegou que se formou em Medicina em 2005, no Rio de Janeiro. No entanto, o advogado da família dela, Fabiano Pimentel, desmentiu a informação e disse que ela sofre problemas psiquiátricos desde 2007. Danielle é filha do ex-deputado estadual Maurício Cotrim Guimarães, assassinado no dia 14 de setembro de 2007, em Itamaraju.
Ela vai responder pelos crimes de uso de documento falso e exercício ilegal da profissão de médico. Em nota, a prefeitura de Candeias confirmou que Danielle deu dois plantões no Hospital Municipal de Candeias e no Samu do município, mas que ela não possui vínculo com o município. Junto com Danielle, foi preso também seu namorado: Paulinelle Conceição, 37, que portava uma carteira de habilitação falsa.