GILKA BADARÓ: “TENHO GRANDE DÍVIDA PARA PAGAR A ITAJUÍPE”
Funcionária da União dos Municípios da Bahia (UPP) e filha do Humberto Badaró, o terceiro prefeito de Itajuípe, Gilka reconhece que não terminou bem seu segundo governo, mas diz que seis dos oito anos foram maravilhosos.
Divorciada, mãe de um filho, a pré-candidata pelo PSB afirma que está retornando porque tem “um caso de amor mal resolvido com a população de Itajuípe”. Em entrevista exclusiva ao A Região, ela critica a falta de investimentos na cultura e nos esportes.
Gilka Badaró diz que está muito mais experiente e preparada para administrar o município do sul da Bahia e justifica a sua mudança de cidade como uma questão de sobrevivência.
“Tinha que trabalhar para pagar as contas. Por isso, tive que me mudar para Salvador. Mas nunca esqueci o povo da minha cidade”.
Você tem uma ligação muito forte com Itajuípe, não?
Meu pai foi vereador por Ilhéus e presidente da Câmara Municipal, quando Itajuípe ainda era um distrito e se chamava Pirangy. Ele foi um dos que lutaram pela emancipação política e administrativa de Itajuípe. Já fui prefeita por dois mandatos, sendo seis com uma excelente administração.
Mas o final do seu segundo governo foi muito contestado.
Os dois últimos anos não foram tão bons porque enfrentamos o início da crise do cacau, com a chegada da praga da vassoura-de-bruxa. A arrecadação do município sofreu uma queda drástica e não tivemos condições de manter o pagamento das contas em dia.
O que mudou do primeiro para o segundo mandato?
Queda brusca na arrecadação. Durante os primeiros anos de meu governo o plano de salários de Itajuípe era parecido com os de Itabuna, na época de Ubaldo Dantas, e Ilhéus com Jabes Ribeiro. Ou seja, pagávamos o mesmo salário que os dois maiores municípios do sul da Bahia. Isso era possível porque tínhamos uma boa arrecadação com ICMS.
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