O secretário de Planejamento do Estado, Zezéu Ribeiro, não viu com bons olhos a proposta do Sindicato das Empresas de Transporte Público de Salvador (Setps), que enviou uma carta ao prefeito João Henrique (PP), na qual sugere pagar os R$ 600 milhões das obras de construção do BRT (linhas exclusivas de ônibus) na Avenida Paralela, em Salvador. “Fazer uma coisa dessas é extrapolar os limites que foram dados ao longo do processo democrático e público. Cheira muito a picaretagem, então eu prefiro não me envolver nesse tipo de questão”, repudiou Zezéu, nesta sexta-feira (12), em entrevista ao jornalista Moisés Bisesti, da Rádio Cruzeiro AM. O secretário contou ainda que só tomou conhecimento do conteúdo da carta através da imprensa. Já o vereador Jorge Jambeiro (PSDB), presidente da Comissão de Transportes da Câmara, não compactua com a posição de Zezéu. Ele classificou o oferecimento do Setps como “a melhor notícia do dia” e sugeriu com entusiasmo que “a população tem que sair na rua comemorando a atitude dos empresários”. Visivelmente irritado com a opção pelo metrô, Jambeiro declarou que a única explicação para a escolha do modal na Paralela seria uma tentativa de “apropriação de dinheiro público”, que não seria aceita pela Câmara Municipal. “Cabe ao prefeito chamar o governador e dizer ‘fique com sua malandragem e seus trens descarrilados que eu vou assumir isso e daqui a um ano aquele corredor estará pronto’”, disparou. A posição do tucano na Casa, no entanto, não é unanimidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário