segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Estevão, Roriz e Arruda articulam aliança no DF
Três personagens polêmicos e envolvidos em escândalos de corrupção começaram a articular nas últimas semanas uma aliança para tentar retornar ao poder no Distrito Federal. O ex-senador Luiz Estevão e os ex-governadores Joaquim Roriz e José Roberto Arruda buscam unir forças para derrotar, em 2014, o PT do governador Agnelo Queiroz e o PMDB do vice Tadeu Filippelli. Estevão teria a plenitude de seus direitos políticos para disputar o governo, mas os aliados ainda estão longe de definir um candidato.
A volta do ex-senador ao círculo político começou no ano passado, quando teve status de conselheiro do clã Roriz durante a campanha eleitoral. Estevão reluta em disputar um cargo eletivo por sustentar o título de único parlamentar cassado na história do Senado, ao ter sido acusado de envolvimento nas fraudes da construção da sede do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo, em 2000. Ele estará liberado pela Justiça para voltar às urnas em 2014, porém responde a uma série de processos em várias instâncias judiciais.
A articulação de Roriz e Estevão ganhou, nas últimas semanas, uma adesão de peso, segundo relato ouvido pela reportagem. Arruda teria conversado com Roriz por telefone e acertado um armistício. A assessoria do ex-governador não confirma o contato direto, mas um ex-secretário dele contou à reportagem que os grupos ligados aos dois políticos buscam um caminho comum para as próximas eleições no Distrito Federal. Outro ex-assessor de Roriz disse que o ex-governador até já montou uma tropa de blogueiros para "começar a falar mal dos adversários".
O fato que teria provocado a reconciliação foi a divulgação do vídeo em que a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) aparece recebendo um pacote de dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa. Segundo interlocutores, a divulgação do envolvimento da filha de Roriz no esquema foi interpretada por Arruda como um sinal de que o ex-aliado não era o principal responsável por sua derrocada. Arruda sonharia agora em voltar ao Congresso, possivelmente como deputado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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