Nesta sexta-feira, 19, um boletim médico do hospital Sírio-Libanês trouxe novas informações sobre o câncer Não-Hodgkin do ator Reynaldo Gianecchini. A doença se apresenta em dois tipos: na que atinge os linfomas do tipo B, e na que ataca os do tipo T.
Depois do diagnóstico do tipo de linfoma que está sendo atacado, é preciso definir ainda o subtipo da doença. De acordo com o boletim, o ator recebeu o diagnóstico final de um linfoma T Angioimunoblástico, que debilita o sistema imunológico do paciente deixando-o propenso a infecções.
“Este é um tipo de câncer raro, que representa apenas 15% dentro das ocorrências de câncer do tipo T. Ele também é mais comum em homens mais velhos, na faixa-etária dos 60 anos”, explicou ao EGO oncologista e diretor do Centro Médico Oncológico de Niterói, no Rio de Janeiro, Victor Araújo.
O médico disse ainda que esse tipo de câncer não é tão agressivo, mas costuma ter um controle de remissão maior, que é o tempo que se ‘vigia’ o paciente para saber se a doença foi totalmente eliminada do organismo.
“O tratamento é feito com quimioterapia, a partir das informações que se obtém do estado de saúde do paciente. No caso dele, deve contar a favor o fato de ser jovem, o que possibilita que o tratamento também seja mais agressivo, e com isso, se obtenha uma maior chance de cura”, explicou Victor Araújo.
Cirurgia é descartada
O médico explicou ainda que, em casos de câncer no sistema linfático, a radioterapia é descartada, porque costuma servir para combater a doença quando ela está localizada em um ponto específico, assim como cirurgia.
“Por mais que ele tenha apresentado gânglios de uma determinada parte do corpo aumetados, a linfa circula pelo corpo todo, o que significa que ele pode ter células contaminadas em outras partes do corpo. Por isso, o ideal é medicar todo o organismo com a quimioterapia”, disse.
Confira o boletim médico desta sexta-feira, 18, na íntegra:
O ator Reynaldo Gianecchini Júnior segue internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, com diagnóstico final de linfoma T Angioimunoblástico.
Na noite de anteontem (17/8) durante a passagem de cateter central, apresentou como intercorrência sangramento que foi prontamente tratado com as medidas necessárias.
O paciente encontra-se estável sendo preparado para o início da quimioterapia e segue acompanhado pelas equipes coordenadas pelos Profs. Drs. Yana Novis, Raul Cutait e David Uip.
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