Após reuniões ao longo da manhã deste sábado (28), o PSDB chegou à convenção nacional do partido com discurso unificado em torno dos principais cargos do partido.
Horas antes do encontro, o PSDB ainda resolvia divergências internas em reunião entre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador Aécio Neves (MG) e o ex-governador de São Paulo José Serra.
O principal imbróglio a ser resolvido na convenção era a presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV), pleito de Serra, mas que tinha como principal indicado o ex-senador Tasso Jereissati (CE), nome apoiado por Aécio Neves.
Para resolver o impasse, as lideranças tucanas convenceram Serra, durante negociações entre sexta-feira (27) e sábado, a assumir o Conselho Político. O conselho também terá como membros o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin; e Aécio Neves. Tasso foi eleito para a presidência do Instituto Teotônio Vilela.
Segundo Guerra, o Conselho Político presidido por Serra será responsável por orientar questões centrais do partido, como fusões e incorporações a outros partidos. Guerra disse, porém, que uma possível fusão só será definida após as eleições municipais de 2012. Para ele, partidos de oposição, como DEM e PPS, devem primeiro se fortalecer. " Depois das eleições municipais vamos ver se é hora de juntar o [partido] deles conosco. Pode ser, vamos ver", afirmou o tucano.O deputado federal Sérgio Guerra (PE), reconduzido ao cargo de presidente do partido, disse que o PSDB fortaleceu o Conselho Político para convencer Serra a aceitar o posto. "Será um conselho múltiplo com os líderes citados", afirmou.
O presidente do PSDB explicou que o conselho também vai definir as coligações nacionais e decidirá sobre as questões de alianças. " Será um conselho orientador que vai funcionar integrado com a Executiva, mas que terá enorme poder", afirmou o tucano.
Além da recondução de Guerra à presidência da legenda, o PSDB escolheu o ex-governador Alberto Goldman (SP) como primeiro vice-presidente e Eduardo Jorge Caldas Pereira como vice-presidente executivo. O deputado federal Rodrigo de Castro (MG) foi mantido no comando da secretaria geral do partido.
Ataques
Durante os discursos, os tucanos atacaram a gestão da presidente Dilma Rousseff. "Cada vez mais a ocupante da Presidência governa cada vez menos, e aquele que não foi eleito governa cada vez mais", disse Serra, referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Durante os discursos, os tucanos atacaram a gestão da presidente Dilma Rousseff. "Cada vez mais a ocupante da Presidência governa cada vez menos, e aquele que não foi eleito governa cada vez mais", disse Serra, referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Serra, que disputou a Presidência da República no ano passado, disse que as divergências dentro do PSDB são naturais e que a desunião fortalece o PT. O presidente reeleito do PSDB, Sérgio Guerra, chamou de "fraude" as notícias de que o partido estaria desunido.
O senador Aécio Neves afirmou ainda que o PSDB é um “partido sem dono” porque pertence a “todos os brasileiros”. Ele pediu aos tucanos que andem "pelas ruas desse país e de cabeça". "Somos sérios, somos éticos e, quando assumimos governos, sabemos fazer o que precisa ser feito."
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