Um estudo realizado por cientistas do The Scripps Research Institute (TSRI), em San Diego, na Califórnia, parece ter encontrado uma nova arma no combate ao vício em nicotina. Chamada NicA2, a enzima bacteriana impede que a substância chegue ao cérebro, fazendo que com a sensação de prazer associada a hábitos de tabagismo diminua. O autor do estudo, o professor de química Kim Janda, membro do Instituto Skaggs de Biologia Química do TSRI, afirma que, apesar de estar em fase inicial, os resultados da pesquisa até agora são promissores. A enzima já demonstrou que tem as propriedades necessárias para servir como uma terapia anti-tabagista. Ela também ofereceria uma alternativa para os fumantes que desejam abandonar o vício, já que estudos têm mostrado que as terapias atuais falham com cerca de 80% a 90% dos tabagistas. Segundo Janda, a bactéria age com uma espécie de Pac-Man, um dos mais famosos jogos de videogame da história, comendo a nicotina. Os pesquisadores testaram as qualidades terapêuticas da enzima. Primeiro, combinaram uma amostra de sangue com uma dose de nicotina equivalente à encontrada em um cigarro. Quando os cientistas adicionaram a enzima, o tempo que a nicotina permaneceu ativa no organismo humano caiu de duas a três horas para apenas 9 a 15 minutos. Uma dose mais elevada da enzima, com algumas modificações químicas, poderia reduzir a sobrevida da substância ainda mais e impedi-la de alcançar o cérebro. Agora, o próximo passo do estudo, segundo seu criador, será alterar a composição bacteriana da enzima, o que ajudará a diminuir os possíveis problemas imunológicos e elevar seu potencial terapêutico.
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