segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Dirceu insistiu em receber propina mesmo depois de sair do governo, diz Sérgio Moro.

Dirceu foi preso na manhã desta segunda-feira (3), em Brasília, pela Polícia Federal.
Dirceu foi preso na manhã desta segunda-feira (3), em Brasília, pela Polícia Federal. (José Cruz/Agência Brasil)
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, escreveu no despacho de prisão de José Dirceu que o ex-ministro "teria insistido" em receber dinheiro de propina em contratos da Petrobras mesmo após ter deixado o governo, em 2005.

Dirceu foi preso na manhã desta segunda-feira (3), em Brasília, na 17ª fase da operação, deflagrada pela Polícia Federal. Ele deve ser levado na parte da tarde para a superintendência em Curitiba.

No pedido de prisão, Moro afirma que as provas levantadas até agora na Lava Jato apontam que o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, também investigado, foi indicado para o cargo por influência de Dirceu. Uma das diretorias da estatal em que havia pagamento de propinas, segundo as investigações, era a de Serviços.

"As provas até o momento colhidas revelam que Renato de Souza Duque, o ex-diretor de Serviços e Engenharia da Petrobras, teria sido nomeado ao seu posto por influência de José Dirceu e de associados deste e que, na divisão dos valores de propina dirigidos à Diretora de Serviços e Engenharia, parte caberia a José Dirceu e ao seu grupo.José Dirceu teria persistido em receber sua parcela, mesmo depois de ter deixado o cargo de Ministro da Casa Civil", escreveu Moro no despacho. (Camila Bomfim/TV Globo/Brasília)
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